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submidialogia #2
Festival Internacional
- Cultura
- Comunicação
- Mídia
- Tecnologia
- Arte
- Táticas
tudo
Há alguns anos, os elementos (idéias, concepções, práticas, pessoas) que compõem a hoje difundida Cultura Livre, foram apropriados tanto pelo burocrata quanto pelo capitalista. Os que antes fizeram uso das tecnologias e meios disponíveis para criação de ações que proporcionassem o debate sobre novas perspectivas de arranjos sociais possíveis (conseguidas por ferramentas como licenças livres, redes de comunicação, softwares de código aberto), hoje são digeridos pelos velhos aparatos e mecanismos sociais que uma vez utilizavam e questionavam, participando, muitas vezes inconscientemente, apenas de um "treinamento sócio-profissional" para que venham a ocupar as mesmas funções estabelecidas pelos até então mantenedores de um sistema que está distante do que imaginamos como um agrupamento humano possível, muito menos livre.
Além disso essa ??classe do novo?? apresenta-se com dificuldades para difundir práticas e idéias quando este trabalho se distancia de elementos urbanos, tecnológicos, contemporâneos e de concepção metropolitana, deixando uma lacuna na possibilidade e uma superficialidade na potencialidade transformadora dos meios disponíveis. Este fato liquidifica a força das idéias, fazendo-as servis também àqueles que elas combatem. As dinâmicas se tornam mais banais, fáceis de serem absorvidas pela escravidão do trabalho e da racionalidade.
Não são as técnicas que submetem a produção à lógica utilitarista, burocrática ou excludente, mas a falta da concepção transgressora das ações no processo de produção. O questionamento pouco se aprofunda no âmbito do mundo do trabalho ?? como crítica a essência da exploração no processo de produção. O desenvolvimento técnico não livra; pelo contrário, intensifica a dependência e a submissão de homens e mlheres à uma lógica que deveria liquidar. A tecnologia não retoma o debate ao direito à preguiça. Não aponta claramente a contradição no mundo da produção... mas sim, coloca a magia do utilitarismo em um patamar de santidade elevada, de ciência pura, e faz da fantasia do capitalismo o brado de contestação daqueles que deveriam criticá-lo.
- A crítica a sociedade do trabalho requer aprender a ser rápido, afiar e direcionar críticas e ações; ser mutante no sentido de fugir das regulações das quais o capitalismo é mestre em fazer. O poder é diferente da força. E quando coletivizado e distribuido perde a característica de (o)pressão e torna-se direção de vontades múltiplas. Surgindo daí a crítica transformadora e a ação das idéias.
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Desta forma, muitos dos formatos pregados e utilizados pelos citados apropriadores tecnológicos e de meios - os submidiáticos
1 - estão hoje em plena utilização. Pelo menos aos números: 3.000 pontos de presença de inclusão digital, 600 pontos de produção de cultura, 200 grupos independentes de produção de mídia, 3.000 pessoas compareceram. Aonde mesmo? Esta súbita apropriação pelas esferas governamentais, artísticas, acadêmicas e institucionais (associações, instituições de ensino, oscips etc) procuram, mais uma vez, desarticular as idéias e práticas que possibilitaram a autonomia de todos os submidiáticos.
O capitalismo, ágil e poderoso, atua como remodelador de críticas e práticas fazendo de práticas de oposição maneiras de renascimento e ressureição. Pensar que o que está em crise é antes o capitalismo do que a crítica a ele, pode levar-nos a incursão em erro recorrente, dando ainda mais elementos para sua sobrevida. As críticas de 68 se transformaram em manuais de empresas, as saias indianas se transfomaram em fetiche de passarela, o software livre se transforma em mais valia para empresas de tecnologia.
Políticas públicas pensadas para a produção do conhecimento coletivo, acesso a informação, distribuição dos meios de produção e desmarginalização de excluídos sociais desvirtuaram de seus programas ministeriais e, certamente, muito mais da metade de todos os pontos de produção, acesso, construção coletiva de saberes e sociabilidade cultural estão longe de funcionarem como reais locais de troca, aprendizado e discussão. Instituiçães sociais, na grande maioria, descobrem palavras-chaves nos discursos, desconstroem-nas de seus signifcantes e a re-utilizam como conteúdos de projetos mirabolantes e slogans de material promocional. Instituições artísticas buscam saidas para o descaso dos cidadões e cidadãs comuns para com a cultura da elite - cada vez menor - com a adaptação de arte popular, arte do povo. Ou com a construção de pequenos espetáculos tecnocientificos onde tudo é atração e fetiche: transistores, lentes, monitores, cabelos, luzes.
Á necessário pensar contra os slogans e fetiches rapidamente consumíveis e entender como os conceitos devem suplantá-los. A utilização do slogan é parte do processo de desinteligência da parte das instituições e seus braços e pessoas. E torna-se parte do discurso vazio e receptivo. Cultura livre, conhecimento aberto se tornam propaganda em centros de compra. A descrição e os efeitos apagam a compreensão e a crítica.
Mais uma vez, práticas culturais com gosto de subversão esparramam-se na ilha do dr. moreau, e, como no livro, são caçadas com redes de arrastão e dominadas até o seu condicionamento. e por que não dizer, estimação. Para depois tornar-se o cão de guarda. A cultura do oprimido, oprimindo. Não foi assim com o samba? os modernistas? a tropicália? O que uma vez foi uma insurreição de ações e ideais para a realização coletiva podem tornar-se ferramentas de acessos individuais a patamares da já pútrefe hierarquia social para inovar - e juvenescer - a sua manutenção.
Desta forma, perguntamos: como movimentar-se? quais as idéias e práticas para a manutenção de uma construção colaborativa de conhecimento e participação social cada vez maior? Como planejar futuras ações? E, principalmente, como continuar a memetização da cultura da colaboração além dos cifrões, sem a patifaria da propaganda governamental e institucional? Você conhece o seu inimigo?
Para debater essas e outras questoes, Submidialogia#2, um laboratório para a prática radical de construção de ambientes colaborativos na cidade do Recife. Palestras, laboratorios de produção, transmissão de rádio fm, televisão e internet e a odelicioso bate-papo com cachaça entre tod@s submidiátic@s.
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"o que queremos, de fato, é que as idéias voltem a ser perigosas"==
ATENCAO: PROPONHA AQUI SUAS IDEIAS<> PALESTRAS<> WORKSHOPS ETC. QUANTO MAIS GENTE PROPOR, MELHOR FICA O FESTIVAL.
A primeira conferência Submidialogia, que aconteceu em outubro do ano passado em Campinas - SP, é oriunda de uma cooperação entre Indía, Holanda e diversos grupos do Brasil, juntando projetos independentes, do terceiro setor, governamentais, artísticos e experimentais à uma rede internacional de colaboradores, buscando sobretudo trazer essas diferentes experiências para reconhecerem-se. Este ano, torna-se um festival aberto, com palestras, laboratórios de produção, transmissão de rádio fm, televisão e internet e o delicioso bate-papo com cachaça entre tod@s submidiatic@s.
Submidialogia vai agregar conversas, produção e aprendizado colaborativo, assim como música, rádio livre, vj e mídia independente. Estes são alguns dos gostinhos típicos que poderão ser apreciados - sem moderação - durante a segunda edição da conferência.
Outra característica deste festival é investigar as possibilidades sociais, culturais e políticas da mídia digital, além de fomentar o diálogo (in)existente entre teoria - o âmbito das idéias, e a prâtica - o âmbito das ações.
Tanto tema quanto formato ainda em construção, mas pairam na convergência entre cultura, comunicação, mídia, tecnologia, arte e táticas. Nesta página, e pela lista de discussão
http://lists.riseup.net/www/info/submidialogia, vocês poderão tomar parte e contribuir. Vale notar que a maior parte das propostas aqui abaixo presentes são desejos, alguns confirmados e outros que não fazem a menor idéia que estão ali.
@ convidamos para ajudar a organizar essa subversão e compartilharmos nossas idéias em diferentes contextos e tempos (para que voltem a ser perigosas), perspectivas futuras, troca de experiências, conceitos, práticas e, principalmente, diversão.
Se desejarem tomar parte dessa bagunça, inscrevam-se na lista de discussão! Não se acanhem em encaminhar este convite para outr@s possíveis interessad@s.
Desconferência
1.Troque idéias
1.1 Licenças e patentes no dia-a-dia asiático, com Lawrence Liang (Índia)
1.2 Ronaldo Lemos, do Creative Commons ao Open Business (RJ)
1.3 RastaSoft
?, com Jaromil (Itália)
1.4 Duas experiências em Metareciclagem, com Régis Bailux e Ian Vern (BA/AM)
1.5 Cidades e Sociedade da Informacao, por Ravi Sundaram (Índia)
1.6 Mídia Faça Você Mesmo, David Garcia! (Holanda)
1.7 Teóricos e Políticos: A imaginarização do futuro de Richard Barbrook (Inglaterra)
1.8 Cibercultura, com Andre Lemos (BA)
1.9 Tecendo uma rede, com Lu Cachoeira (BA)
1.10 Open Knowledge Network e Bossa Nova, com Tori Holmes (RJ)
1.11 Falando serio sobre metareciclagem, com Stalker (MG)
1.12 Jornada de artes y medios digitales, com limiar.com.ar (Argentina)
1.13 Software Livre, Inclusao Digital & Governos: o que pode dar errado, com Chico Caminati (Campinas), Sérgio Melo (NE), Ronaldo (SE), Thaís (BA), Alê (SP)
1.14 Inclusão digital em comunidades indígenas, Thaís e Renata (BA)
1.15 Educação no século XXI - Nélson Pretto (BA)
1.16 Meninas - g2g (Brasil)
1.17 Linux@PE - pixies, machado (PE)
1.18 O memorável encontro sigiloso de Luther Blissett com Sub Marcos - TipuRi
? (SP)
_LabLivre
2.0.1.23-
- _2.1_oFicinas rEcombinantes, cOmpartilhamento
Laboratórios de mídia tática onde as pessoas poderao produzir midias livres (livres na forma, no conteudo, nas ferramentas e nas licencas!). Muito mais que um espaco fisico, eh um espaco de troca de conhecimentos em Video Ativismo, Radio Livre, mÁsica Livre, Depoimentos, barulhos, impressos. Á o local ideial também para apresentações de trabalhos e preparação de ações.
rEciclando_a_mEtareciclagem
I ?? da bijouteria ao videowall
II ?? laboratórios para transformação social
III ?? leitores de disquete, carrinhos e robôs
Processo de apropriação tecnológica em diferentes níveis.
mimoSinha
maquina de interferência urbana e correção informacional
Aprenda a construir e divirta-se com a obra de arte mais animada do país!
quem ?? equipe? mimoSa?
cOzinhando com puros dados
Oficina interativa com pure data, o software que transforma tudo em tudo!
quem - glerm, palm, jean, chgp
áudio & vídeo
root@submidia:~# make install filmando, editando, capturado, mixando e gravando
Exposição de trabalhos para troca, compra, venda, crítica, análise, conversa, cerveja... dentro de um estudio de radio de primeira qualidade!
- 2.3_Radio cidadao-comum - A voz de quem só ouvia
Em algum ponto da cidade, rádio cidadão comum, uma rádio sound-system experimental, onde quem faz o programa é o cidadão comum!
- Sub>radio
- Radio Vandalismo, om os Irmaos Nelson
- Coletivo Radio Cipo
- Radio Livre-se!
- Radio Dada: uma experiência web
- 1 Kg de idéias e uma rádio na mão. Como funciona uma rádio livre. Na teoria e na prática, com quem?
- 2.4_Generosidade Intelectual
As diferentes licenças de propriedade intelectual e como criá-las
Copyright? GPL? CC? Copyleft? Criei, tive como? Do que vocês estão falando?
- quem - Caio Mariano? Cidadão Comum? Frank? Ratito?
- 2.5_Computadores fazem arte
BooteX & GNUdenberg ?? Distribuições para máquinas de incrível baixa potência
Quer fazer aquele 486 funcionar? Tem 20 máquinas, que juntando todas não soma uma? Seu computador só têm leitor de disquete? Venha descobrir como tirar proveito de seu bom velhinho!
quem - Juba? Rhatto?
Quem não se comunica se trumbica! Na Internet também!
Aprenda a ser seu próprio conglomerado de mídia pesquisando e publicando vídeos, textos, imagens, blogues, wikis, fóruns, mensagens instantâneas, rss, archive, youtube, myspace.... veja quantas palavras novas! Imperdível!!!
quem ? cmi, rádios livres, tvlivre, estúdiolivre
shows sem business
happening, performance, corpo e tecnologia
uma festa singular de viagens low tech subjetivas.
fabi borges, Ricardo Palmiere e quem mais quizer.
- Mombojó
- Mundo Livre
- Chambaril
- Matema
- Devotos do Ádio
- Bongar
- Naurêa
- banda punk do robson, de salvador
- banda do rhatto, rhatto morto?
- Apresentações audiovisuais''
-Esquadrao Atari
-FAQ
-Re:combo
-Media Sana
-Jean Habib vs Vj Palm
- TPM Crew
- Foz
Programação de vídeo auto-organizada''
Traga seu vídeo produzido em galera para ser projetado. a gente tenta descolar um cinema!
Cine Falcatrua (?)
algum cineclube raizero?
Exposição de fotografias de comunidades indígenas da Bahia e Paraíba''
intervozes bahia
Submidialogia (a zona)
//microfone e comunicação livre, num clima de borracharia, com conversas sobre ferramentas, seus usos e formas, bebidas etceteras e tal//
3.
1 Debates abertos SubMidiáticos
espaco aberto, entre e tome parte. encontre seu grupo de debate e articulação, num combinado aromático de ação e pensamento... (o dia inteiro funciona, mas seria um local para se encontrar antes e dpois das atividades e apresentações)
3.2.Cartografia ?? re:conhecendo grupos de produção de mídia
Encontre um lugar no painel e inscreva-se! A primeira parte de uma cartografia que pretende abranger todo o país e ser disponibilizada online
3.
3 Ações muquiadas
- VoteNulo
? - pela desabrigatoriedade do voto! Vamos separar o joio do trigo!
Traga panfletos, camisetas, bebidas e etc do seu canditado!
- voodoo global - pelo fim do monopolio da midia, magia negra pra cima dos globais!
- cartografia - pegue um dos adesivos, escreva o nome do seu grupo, time, equipe, organizacao, acao, movimento, banda e cole aonde se conectar melhor! (adesivos em formato de balao de historias em quadrinhos e um quadro negro enorme.)
- netlabels (que podemos convidar para participar em palestras, oficinas, shows ou DJ sets)
[http://www.eletrocooperativa.art.br Eletrocooperativa]] - Salvador, Bahia
[http://www.fronharecords.trix.net Fronha Records]] - Rio de Janeiro
[http://www.conteudorecords.com.br Conteúdo Records]] - Belo Horizonte, Minas Gerais
[http://www.senhorf.com.br Senhor F]]- Brasília
3.
4 cibersalao.br
cibersalão é um espaço real e virtual onde pessoas envolvidas na produção criativa em plataforma digital podem se encontrar para conversar. Para o engajamento cada vez mais profundo em nossas práticas e teorias, é essencial que compartilhemos e comuniquemos as nossas experiências. Ao celebrar e promover as múltiplas possibilidades das tecnologias de informação e comunicação, cibersalão pretende organizar discussões online e ao vivo que foquem no novo meio digital da internet, assim como apresentar trabalhos que a utilizem como subjétil.
O evento tem sua origem em Londres, Inglaterra, e é um projeto residente em diversos espaços daquela cidade: ICA - Institute of Contemporary Arts, Dana Centre, ou ainda bares e clubes noturnos. No brasil, o cibersalão também é um projeto itinerante, mas transitando por diferentes cidades do país, colocando em confronto e diálogo as visões e usos tecno-sociais do meio digital que são evidenciadas nas diferentes localidades. A comparação destes com os temas iminentes na Inglaterra tentam tornar tal confronto ainda mais potente, sob a perspectiva das relações históricas de dominação, exploração e "desenvolvimento" díspare entre o norte e o sul, e as possíveis interações e divergências entre seus bens e valores culturais.
O conteúdo das conversas de cada cibersalão será transmitido ao vivo via rádio/tv/internet, dando origem à uma publicação e uma série de arquivos, que ficarão disponíveis em uma midiateca de acesso público na web. o formato de cada evento é livre - mas é sugerido que as conversas sejam seguidas de apresentações festivas, com um ou mais convidados como dj's.
Durante uma das tardes, tera como tema de discussao pós-música: novos formatos. tem como convidados nao confirmados:
furtherfield.net
mediasana.org
matema
bnegao
joelma, do calypso
mais sobre cibersalao em
http://www.midiatatica.org/cibersalao
= = = =
Possíveis Lugares: Palestras > Porto Digital
Oficinas > Torre Malakof
Shows > Armazens 14 e/ou Terminal Marítimo
Submidialogia/Cibersalão > Atelier X?
CASA!
Possíveis parcerias: waag-sarai, Tangolomango
Contrapartida descentro - r$5,535 em parceria com spacebank.org (México)
DATA: 12 a 15 de outubro
felipe machado (originais do sample)
moabe
purê
pixies
gabriel (media sana)
ruiz
tati (contratv)
drica
pajé
coloque seu nome..
Necessidades
Pré -produção:
Espaços
Transporte
Hospedagem
Infras
INFRA SOM/ AUDIO & VIDEO
PA
Mesa
Câmeras
Projetores
INFRA COMPUTADORES
(quantos? quais tipos? as pessoas levam?)
GRAFIA
pdf reader #1 e programação #2
site
cartaz
Quer ajudar? Levante a mão!
formatacao
?
Producao
Local - UFPE - Centro de Artes e Comunica?ão
Data: 4 dias - 12-15 outubro (nao rola)
Pessoas - 20 palestrantes (nacionais e internacionais)
publico estimado 200 pessoas
Espacos - 05 salas (com mobiliario)
01 auditório