A Revolta Provos aconteceu em Amsterdan na Holanda de 1964 a 1966. Robert-Jasper? Grootveld, com um pai anarquista, cresceu ouvindo seus ideais e, já adulto, o palhaço Grootveld fazia apresentações de rua com fogo e discursos anarquistas. Roel van Duijn, chegando em Amsterdan ,lembrou de uma frase de Bakunin que dizia que "quando um pessoa chega a uma cidade, a primeira coisa a fazer é procurar a pessoa mais exótica, é ela que sabe de tudo na cidade" e Roel van Duijn foi atrás de Grootveld

A revolta

Grootveld fumava desde adolescente e quando adulto sofreu as consequências disso, com graves infecções no pulmão, iniciou um ataque ao comércio de cigarros na cidade, colocando um K (de Kanker em Holandês, Câncer em Português) em todos os cartazes de cigarros, foi preso inúmeras vezes mas sempre solto. Em mais um ataque a indústria do cigarro, fundou a Igreja do Kof-kof, onde os fiéis cantavam hinos como o interminável kof-kof-kof-kof-kof-kof-kof-kof-kof-kof (som produzido por alguns fumantes). Abriu também a loja Kanabis shop ou Loja da maconha.

Bart Huges em uma apresentação em praça pública, fez uma abertura em seu crânio (chamada historicamente de Trepanação) a fim de chamar a atenção da população de Amsterdan para expandir as suas consciências.

O Zine Provos chegou a sua nona (9) edição, um jornal pequeno feito pelo grupo Provos para explicar suas intervensões urbanas e colocar seus idéias para todos lerem.

O que chamou mais a atenção da revolta foi seu caráter humorístico, os Provos então lançaram o plano das bicicletas brancas, pintaram algumas bicicletas totalmente de branco e as colocaram na rua explicando que as bicicletas brancas não teriam donos, quem achasse alguma bicicleta branca poderia a usar e depois deixando para outras pessoas a usar também. Os Provos se reunindo na praça Lieverdje proporam a noite das bicicletas brancas, chamando a população da cidade para pintar suas bicicletas, apareceram muitas. No dia seguinte a polícia tentou por em prática a lei da propriedade privada e prendendo pessoas "roubando" bicicletas brancas, mas existia tantas que a troca de bicicletas ficou comum.

Depois do plano das bicicletas brancas ter dado certo, outros planos foram criados como o plano das chaminés brancas (poluição), plano das mulheres brancas (respeito as mulheres), bicicletas brancas (poluição dos carros) e outros. O termo branco não significava racismo, mas sim, a extinção da poluição visual, auditiva e florestal que aumentava com o crescimento da cidade.

E então estava chegando a data da eleição para vereador de Amsterdan, e os Provos não poderiam de perder a oportunidade de provocar um pouco mais as autoridades da cidade. Colocaram um candidato para participar e com mais de 3.000 votos, foi eleito. Para ir a Câmara dos vereadores os Provos se revezavam (suplentes a suplentes) um por mês e todos iam de roupas e pés descalsos.

Em 1966 a princesa iria se casar com o Príncipe Claus von Amsberg, houve uma grande festa para a chegada do príncipe e os Provos prepararam várias abóboras quando o carro aberto estaria na ponte, depois do ato houve choque entre a população e a polícia nas ruas. O Zine Provos levantou o histórico do príncipe e descobriu ligações com fascismo de Mussolini.
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Eles deram o pontapé inicial para a legalização do consumo de drogas na Holanda. Eles transformaram a bicicleta no mais folclórico meio de transporte de Amsterdam. Eles desenharam o uniforme que os Beatles usavam na capa de Sgt Pepper´s Lonely Hearts Club Band. Ainda assim, eles eram praticamente anônimos no Brasil – até que a editora Conrad decidiu lançar “Provos: Amsterdam e o Nascimento da Contracultura”, do italiano Matteo Guarnaccia. Você pode ir a Amsterdam todo final de semana, mas, até conhecer os Provos, pouco sabe sobre ela.

Como bons anarquistas que eram, os Provos (corruptela do termo “provokatie”, ou “provocação”) não chegaram a caracterizar um movimento organizado, menos ainda uma ideologia. A intenção desses jovens tresloucados do início dos anos 60 era debochar o mais cinicamente das tradições monárquicas holandesas da Casa Real de Orange e sua protegé , a burguesia consumista – o que, como veremos, conseguiram fazer com o máximo de diversão e ousadia. Ao contrário de seus irmãos caçulas, os românticos hippies, não desejavam mudar o mundo: “ Não podemos convencer as massas, e talvez sequer nos interesse fazer isso. O que podemos esperar deste bando de apáticas, indolentes, tolas baratas? É mais fácil o sol surgir no oeste do que eclodir uma revolução nos Países Baixos (...) O homem médio é um comedor de repolhos, improdutivo, não-criativo, emotivo. Alguém que se diverte fazendo fila nos guichês”, dizia a primeira de uma incendiária série de edições de revistas “Provo”. E ainda: “Provo tem consciência de que no final perderá, mas não pode deixar escapar a ocasião de cumprir ao menos uma qüinquagésima e sincera tentativa de provocar a sociedade”.

OS HAPPENINGS

E assim começaram em 1962, através de um formato que seria permanentemente adotado para zombar do status quo até o fim da galhofa, em 1967: o happening, evento efêmero que mistura arte e performance em locais públicos, criado em 1959 em Nova Iorque e imediatamente assimilado pelos artistas de vanguarda do mundo. Os heterogêneos Provos não eram exatamente artistas, mas tomaram o modelo emprestado e o executaram a sua maneira extravagante, a princípio com o único objetivo de espantar o tédio das conformidades. Happenings bizarros começam a espocar em Amsterdam: um sujeito escancara as portas e janelas de sua casa no auge do inverno, abre as torneiras, deixa a água congelar no chão e chama uma patinadora para exibir-se para os transeuntes curiosos; outro amassa papéis, com os quais recobre seu quarto, a calçada e os carros estacionados, gravando o ruído do amassado para posterior exibição em concertos nesta especialidade; dois times de ciclistas despem-se enquanto pedalam, até chocarem-se nus uns contra os outros. No entanto o caso mais assombroso foi o de Bart Huges, um estudante de medicina que em 1958 havia servido de cobaia nos experimentos com LSD na Universidade de Amsterdam. Huges realizou trepanação na própria caixa craniana (quer dizer, fez um furo no meio da testa com uma broca de dentista) e retirou o curativo para uma platéia ao som de tambores. Ele acreditava que seu “terceiro olho permanentemente aberto” lhe expandiria a consciência para sempre – e, é claro, aproveitou a oportunidade para chocar a massa incrédula.

Os caras eram do barulho, mas se até hoje você jamais havia escutado falar deles, a culpa não é sua. Matteo Guarnaccia explica que, além do simples fato do bando de doidos Provos estar circunscrito à Holanda, alardeando suas causas válidas e idéias cretinas através dos tablóides escritos em holandês, a ele “faltou também aquele megafone fundamental representado pela música pop. Se no mundo anglo-saxão o movimento pacifista e alternativo pôde contar com grupos ou cantores de música folk para amplificar e difundir sua mensagem, nada parecido aconteceu na Holanda, do ponto de vista musical”.

As excursões Provo para fora da Holanda foram poucas e breves. Passaram pelo Marrocos, Ibiza, ilhas gregas (antecipando-se em pelo menos quatro anos às badaladas migrações hippies) e estabeleceram-se por algum tempo em Londres, tornando-se ícones da casta de artistas psicodélicos. Foi quando desenharam os figurinos de Sgt Pepper´s, e a Provo Marijeke Koger tornou-se a grande estilista dos malucos ingleses, aproveitando para executar um happening onde fez a dança dos sete véus inteiramente nua, pintada com cores fluorescentes.

CIGARROS, SÓ MARIHU

Foi em 62, com Robert Jasper Grootveld, que a saga começa a tomar um formato mais ou menos definido. Grootveld, um fumante inveterado, decide começar uma hilariante campanha antifumo por Amsterdam, por onde anda totalmente fantasiado de feiticeiro africano, pintando a palavra “câncer” sobre todos os cartazes publicitários de cigarros das ruas. Foi preso algumas vezes, chegando, gratuitamente, às mesmas páginas de jornais que as corporações de tabaco pagam milhões para anunciar. Uma vez solto, usou um casebre velho numa região boêmia para realizar rituais antifumo que atraíam cada vez mais pessoas; mais tarde, transferiria os eventos para a praça Spui que, além de exibir uma estátua presenteada pela Hunter Tobacco Company para a cidade, ficava estrategicamente próxima à maioria das redações dos jornais.

Em 64, no clímax de seus protestos, já considerado um herói na cidade, Grootveld junta-se a Bart Huges para lançar o Marihu Project, um plano para reivindicar a legalização da maconha (afinal consideravam o cigarro uma “droga legalizada”) e tirar um sarro da polícia. Espalharam por Amsterdam centenas de maços pintados à mão com desenhos fluorescentes, contendo baseados feitos com folhas secas catadas dos parques, algas, palha, pedaços de cortiça e também, naturalmente, a boa e velha cannabis. Concomitantemente, fazem circular cartas com as regras do jogo: “Cada um pode fabricar sua Marihu (...) Cada qual pode criar suas próprias regras, ou omiti-las”.

O happening é um sucesso retumbante, em pouco tempo as centrais telefônicas da polícia estavam congestionadas com chamadas anônimas de cidadãos denunciando os próprios vizinhos como usuários de maconha, a maioria delas feitas pelos próprios Provos para causar confusão. Os homens da lei são obrigados a um ritmo de trabalho estressante, chegando a declarar para a imprensa que a situação começava a se tornar “problemática”. Grootveld observa, muito apropriadamente: “Para dar caça a alguns consumidores de erva, uns agentes, notórios consumidores de nicotina, efetuam incursões-surpresa, que depois são propagandeadas na imprensa, mediante artigos escritos por jornalistas amiúde alcoolizados e lidos por um público que, por sua vez, é escravo da televisão ou da nicotina. Quem tem direito de dizer ao outro que não deve consumir uma determinada substância?”

PROVOLIFERAÇÃO

Em 65, reuniões na Spur à toda, a própria família real holandesa dá a deixa para a institucionalização da zorra Provo. A princesa Beatriz decide casar-se com Claus von Amsberg, um diplomata alemão que servira nas fileiras do exército nazista. Sofisticadas manobras políticas foram executadas, nos bastidores, pela Casa Real de Orange para reverter a péssima repercussão inicial que o noivado conseguiu junto à população e à imprensa. Quando o mal-estar parecia contornado, chega às ruas a terceira edição do tablóide Provo, atacando o futuro príncipe por todos os lados. O provotariado os esconde dentro dos jornais matutinos, sobretudo os sensacionalistas conservadores; em resposta, a imprensa começa imediatamente a atacar os Provos, fornecendo a primeira e necessária publicidade à causa anticasamento de nossos heróis. Para consolidar a rixa, na ocasião do desfile de lancha de Beatriz e Claus pelos canais de Amsterdam, alguns Provos lançam cópias da terceira edição da revista, sobre o casal.

A esta altura, tanto o prefeito como o chefe de polícia da cidade ensaiam posturas linha-dura para lidar com os rebeldes. Mesmo assim os embates são sempre bastante frustrantes: ao contrário dos manifestantes clássicos, os Provos não reagem aos cassetetes dos agentes; apenas dispersam-se e voltam a juntar-se alguns quilômetros mais adiante, num claro esquema de manifestação não-violenta – modelo que se tornaria a tônica das passeatas antibélicas e antiditadura que dominaram a Europa e as Américas na década de 60. Diversas edições dos tablóides Provo são apreendidos, seus editores multados por utilizarem fotografias sem licença. Mas tudo isto só servia para disseminar suas mensagens, alavancando sua popularidade.

Então, em pleno boom automobilístico, os rituais antifumo da Spur transformam-se em campanha anticarro. Os Provos iniciam sua cruzada contra os motoristas, “consumidores hidrocarburodependentes mimados pelos traficantes de petróleo”. Recusam-se a participar do sonho-classe-média de adquirir um automóvel, reivindicando o direito de não consumir; chamam a atenção para o tombo que os carros causam à qualidade de vida das cidades, entupindo o espaço público, causando acidentes e envenenando o ar; e, com o Plano da Bicicleta Branca, proclamam um meio de locomoção “socialmente responsável”.

É quando publicam um manifesto na quinta edição do tablóide; depois, endereçam uma carta à prefeitura, reivindicando a compra de 20 mil bicicletas brancas comunitárias por ano. A idéia era que estivessem permanentemente disponíveis nas ruas para uso gratuito do cidadão comum, e que este as deixasse para o usuário seguinte quando cumprisse seu trajeto. O plano foi copiado, com sucesso, ao redor do mundo: Estocolmo, Oxford, Berkeley. Em Amsterdam, os próprios Provos espalharam bicicletas pela cidade, e simpatizantes da causa começaram a levar as suas para serem pintadas de branco nas reuniões semanais. Os policiais confiscaram as bicicletas comunitárias com a ridícula justificativa de que, como não tinham dono, representavam um estímulo ao roubo; e começaram a reprimir os encontros da Spui com progressiva violência, transformando-os em choques em praça pública. Entre reuniões com delegados, prisões e manchetes enraivecidas nos jornais, os Provos fizeram diversas tentativas de pacificação da situação, sem sucesso.

Com os ânimos libertários em ebulição, ainda lançaram o Plano das Mulheres Brancas de liberdade sexual (já pedindo a venda de camisinhas a preços baixos), que poucos anos depois seria a tônica do movimento feminista e de direito dos homossexuais; fizeram manifestações anticolonialistas, condenando a política repressiva contra os indonésios que lutavam pela independência, e de direitos humanos contra as ditaduras de Franco (Espanha) e Salazar (Portugal); constituíram pequenas comunidades alternativas rurais; e puxaram os protestos contra a guerra do Vietnã, criando um escarcéu delirante diante da embaixada americana local. Ainda sobrava energia para esportes menos engajados, como pintar a casa do prefeito de branco ou suspender uma discussão sobre o casamento da princesa Beatriz no Parlamento de Haia usando uma sirene de bombeiro.

As apreensões das revistas Provo ofereceram grande publicidade para a publicação, que passou das iniciais 500 cópias para as 20 mil cópias da derradeira edição. Na esteira desse crescente sucesso, 1965 foi o ano da explosão da imprensa underground holandesa, pasquins pipocando por todo país. Tinham concepção gráfica inovadora e inspiraram publicações por todo o globo, como a londrina It, que por ser em inglês se tornaria referência internacional do gênero. Em 64, Grootveld, visionário, disse que “os jornais se tornarão cada vez mais conformistas, cada vez mais corruptos, cada vez mais dependentes dos sindicatos da droga e da nojenta classe média (...) Vai se desenvolver um sentimento de dúvida em relação aos meios de comunicação. O resultado será o florescimento de uma imprensa descentralizada, talvez até mesmo ilegal (...) No futuro, cada um terá seu pequeno jornal. Porque não podemos esquecer que temos uma revolução ao alcance das mãos”. A internet, com seus sites independentes e blogs, está aí para confirmar.

ESTRELATO EXIGIU DESINTEGRAÇÃO

As semanas que se antecipavam ao casamento da princesa Beatriz com Claus desencadearam uma verdadeira paranóia acerca do que os Provos estariam planejando para a ocasião. Os rumores variavam de homens-rãs treinando para despontar pelos canais durante o cortejo real, gravações com estampidos de armas e estouros de bombas para levar a polícia a responder com fogo, até o despejo de LSD no aqueduto da cidade, para fazer a população viajar durante a cerimônia. Equipes de químicos analisam diariamente a água, a polícia invade a casa do provotariado, grampeiam telefones. De nada adianta. Em 10 de março de 66, dia do casório, Amsterdam está em estado de sítio, acessos bloqueados, hospitais em prontidão, helicópteros rodopiando, os noivos com colete à prova de balas por baixo da indumentária nupcial. Os Provos declararam o “dia na anarquia” e começaram lançando cerca de duzentas bombas de fumaça nas salas de imprensa internacionais e pelas ruas. O caos tomou conta da cidade, a multidão ensandecida corria dos policiais a cavalo, que os espancava até que perdessem os sentidos. Os choques começaram de manhã e duraram até alta madrugada. De dentro da igreja ouvia-se o coro gritando “República”. Um Provo conseguiu deter a carruagem real atirando uma galinha branca nas pernas dos cavalos que a puxavam, e foi jogado dentro do canal por um grupo de monarquistas.

O resultado publicitário alcançado pelos Provos foi o melhor possível, no dia seguinte todos os principais jornais do planeta noticiavam a esbórnia – a maioria, evidentemente, chamando-os de “indígenas”, uma “subespécie humana”. Em contrapartida, legiões de cabeludos de todos os continentes começam a invadir Amsterdam. Nove dias depois do casamento, é aberta a exposição fotográfica “10-3-66”, com imagens da recente brutalidade da polícia. Os Provos aproveitam para lançar o Plano das Galinhas Brancas, onde divulgam o zombeteiro programa “Amigos da Polícia”, exigindo, entre outras cretinices, seu desarmamento. Instantes mais tarde os homens da lei juntam-se ao evento, reproduzindo a performance do dia 10 de março. A televisão transmite o pandemônio.

Com a popularidade nas estrelas, o provotariado pensa em lançar dois candidatos para as vindouras eleições da Câmara dos Vereadores de 1 o de junho de 66. Instala-se uma discussão animada no grupo, uns achando que a idéia fere o princípio anarquista, outros pensando que os rebaixaria do eletrizante status de movimento de rua à indigna força política institucional. No entanto, movidos pela possibilidade de fiscalizar os políticos de perto e descansar da polícia, lançam 13 candidaturas, cobrindo Amsterdam com espetacular propaganda política: colagens enormes, sutiãs pintados, decoração natalina, esculturas com cores fluorescentes, pincéis colados em muros – todos com o número da chapa, 12. Os slogans variavam de “Vote Provo para ter tempo bom!” a “Vote Provo e darão boas gargalhadas!”; os comícios aconteciam na praça Spui; os programas de governo incluíam os Planos Brancos (bicicletas, mulheres, galinha, etc). Conseguiram inacreditáveis 13 mil votos (2,5%) e amealharam uma cadeira, que foi ocupada em regime de rodízio por cinco diferentes Provos ao longo dos cinco anos de mandato. O primeiro deles, De Vries, vai à Câmara descalço e arrota cada vez que inicia um discurso para os colegas. “É a prova viva de que os Provos não estão interessados no poder, não o querem e não sabem o que fazer com ele”, diz o autor do livro.

A saga Provo ainda atraiu os rançosos estudantes situacionistas franceses, que pretendiam analisá-los; dá matérias históricas nos principais jornais psicodélicos americanos, dando uma lavada em seus leitores ao insinuar que os hippies pouco sabem sobre contracultura; e começam a ver a si próprios se tornarem pop: uma agência de turismo inclui uma visita à Spui na agenda de passeios e o órgão estatal para turismo organiza, numa cidade próxima a Amsterdam, falsos happenings, com encenações envolvendo falsos Provos e falsos policiais, tudo muito à la Disneyworld.

Para não se tornarem caricaturas de si próprios, já que são plenamente conscientes de que estão atuando na sociedade do espetáculo, em maio de 67 nossos protagonistas decidem baixar as cortinas. Fazem-no através do 15 o número do tablóide e uma festa de despedida no Vondel Park. Afinal, sem o apoio do chefe de polícia e o prefeito de Amsterdam, que foram despedidos por ineficiência, não fazia mais tanto sentido.



“Provos – Amsterdam e o Nascimento da Contracultura”, de Matteo Guarnaccia, editora Conrad:
http://www.baderna.org/baderna/ler.asp?id=47250




Última alteração: 23/08/2006 às 20:38, por: marialu