Estúdio Livre | Estúdios Livres : Não há que se conquistar o poder, há que destruí-lo.

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Não há que se conquistar o poder, há que destruí-lo.

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"Votar é abdicar" Élysée Reelus

Não obstante, os escravos modernos sentem-se ainda cidadãos. Acreditam que votar e decidir livremente
quem conduzirá seus assuntos como se ainda pudessem escolher.
Mas quando trata-se de escolher a sociedade que queremos viver, vocês acreditam que exista
uma diferença fundamental entre a social-democracia e a direita nacionalista na França? entre os democratas e republicanos nos Estados Unidos? Entre liberais e conservadores na Colômbia?
Não existe nenhuma oposição, visto que os partidos políticos estão de acordo no essencial: a conservação da presente sociedade mercantil.
Nenhum dos partidos políticos que possam ter acesso ao poder põe em questão o dogma do mercado. E são esses mesmos partidos, os que com a cumplicidade midiática, se camuflam nas telas. Riem por pequenos detalhes, com a esperança que tudo continue igual. Disputam em saber quem ocupará os postos que lhes oferecem, o Parlamento Mercantil.
Essas pobre crenças são difundidas por todos os meios de comunicação, com a finalidade de ocultar um verdadeiro debate sobre a escolha da sociedade que queremos viver.
A aparência e a futilidade, dominam sobre o enfrentamento das idéias. Tudo isso não se parece nada,
nem de longe, à uma democracia.
A democracia real, define-se em primeiro lugar antes de tudo, pela participação massiva dos cidadãos
na gestão dos assuntos da cidade. É direta e participativa. Encontra sua expressão mais autêntica
na Assembléia Popular e no diálogo permanente da vida em comum.
A forma representativa e parlamentar, que usurpa o nome de democracia, limita o poder dos cidadãos ao simples direito de votar, ou seja: a nada.
Escolher entre cinza claro e cinza escuro não é uma escolha verdadeira.
As cadeiras parlamentares são ocupadas em sua imensa maioria pela classe economicamente dominante. Seja da direita, ou da pretensa esquerda social democrata.
Não há que se conquistar o poder, há que destruí-lo.
É tirano por natureza. Seja exercido por um rei, um ditador ou um presidente eleito. A única diferença no caso da democracia parlamentar é que os escravos tem a ilusão de escolher, eles próprios, o mestre que deverão servir. O voto os fez cúmplices da tirania que os oprime. Eles não são escravos porque existam mestres, mas sim, os mestres existem porque eles escolheram manter-se escravos.
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fonte: Da servidão moderna

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enviada por: lucio_araujo em: 02:24 - 30/10    |    permalink    |    0 comentários    |    comentar

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