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Blog: Blender MIX

Como comecei.




Descobri o Blender em agosto de 2003. Totalmente no escuro, eu procurava uma ferramenta livre e multiplataforma de autoração de conteúdo digital (pra fazer CD card, Apresentação multimídia, essas coisas..). No http://linuxartist.org acabei fuçando naquele item "Blender". A cada feature que eu lia sobre o software, especialmente sobre Game Engine, minha incredulidade tombava um pouquinho.

Tinha um campinho de download. Lembro bem: Não tinha nem 3 mega!! Blz, vou baixar esse sample, esse exemplo, sei lá.. Qual o quê!! Era o próprio dito cujo.

Acabei encontrando MUITO mais do que eu buscava. Modelagem e animação 2D, 3D; Interação total com vídeos, inclusive possibiliddades de edição com transições, cenas, etc.; Possibilidade de navegação nos browsers!!!! AHHH!"! Devorei o tuto inicial (Your first animnation in 30 minuts). E comecei a escalar a curva de aprendizado tão característica do universo SwL.

Desde então o Software dá saltos e saltos de qualidade a cada versão. Os changelogs de cada uma são um retrato fiel do salto qualitativo que o código aberto proporciona em relação a um programa similar proprietário.

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Primeiros modelos

Só tosquera. Umas arestas horríveis. Eu nem conhecia o OSA - Over SAmple = o mesmo princípio de um Motion Blur aplicado a um único frame. Mesmo assim queria modelar de tudo. Tentei uns Ecobrisas (ar-condicionados ecológicos aqui de Campinas) e ficaram bem amadores, em termo de luz, e mesmo a modelagem era primitiva..

EB 20

EB150 - Modelo antigo

EB 300 - Modelo antigo

Mas foi bacana pelo retorno à geometria há tempos estagnada.

Muitos recursos de modelagem apareceram desde então facilitando deveras a criação de polígonos. Por exemplo a seleção por arestas e por faces; ou Facas, para cortar em seções os objetos poliginais.

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.BVH - Captura de movimentos humanos

Uma das minhas mais surpreendentes e excitantes descobertas recentes de possibilidade no Blender é o uso de captura de movimento mecânico para animação de modelos 3D. Ideal para coreógrafos, dançarinos, mímicos; artistas circenses, marciais; malabaristas, atletas, etc

Os sensores geram um arquivo .BVH com milhares de números relativos às posições X Y e Z dos membros e/ou juntas do corpo do ator. Um script de Python interpretado pelo Blender importa esses números do arquivo .BVH e mapeia a hierarquia dos movimentos com objetos Empty. Um segundo script faz o segundo milagre, que é converter esses Empties em uma estrutura alinhada e hierarquizada de Bones / Ossos.

Esse esqueleto resultante está prontinho para ANIMAR a sua personagem desejada: um hipopótamo, uma caixa de cereais matinais, o **Coiso** do Estúdio Livre, enfim.




'P' de Publish - Play

A 'Engine' de jogos no Blender também é um universo fascinante de expressão, criação e interatividade. Há inúmeros exemplos de manipulação da lógica. Normalmente é distribuído um ZIP a cada nova versão ilustrando as implementações consolidadas: Física, colisões, novos mapeamentos de textura, reflexividade, etc.



Todos os vídeos benvindos

>>FFMPEG>>

O Blender deu um salto homérico para quem usa sistemas operacionais livres, passando a ler e escrever arquivos de vídeo suportados pelo FFMPEG, ampliando os horizontes da edição de seqüências no Blender. Principalmente por possibilitar a edição de OGGs Theora.

Uma implementação magnífica é o modificador de malha do tipo ARRAY, que te permite lidar com uma matriz de objetos muito interessante.






Dando nós

A modificação radical da versão 2.42 é a utilização de NODES para compor materiais e mesmo para compor a renderização de sua cena. Para quem já usou o GEPHEX ou o PD, não será tamanha a novidade de lidar com módulos interconectáveis repletos de entradas e saídas.





BCon 5

O Blender tem uma agenda complexa de lançamento de novas versões, e sempre às vésperas do lançamento oficial, já vão aprecendo os 'Release Candidates'. Normalmente são 3, que vão circulando e permitindo que os usuários identifiquem e comuniquem os bugs, inerentes às inúmeras funcionalidades usualmente incrmentadas.



Esculturas digitais




A versão incipiente é a 2.43, que trás entre outras melhorias, o início do Sculpt Mode, permitindo pintar no 3D as texturas direto na malha. Muito doido e muito pesado também. É facinho de você inviabilizar sua máquina se exagerar em algum parâmetro de multi-resolução.




Nessa nova versão 2.43 também há uma nova funcionalidade que facilitará muito a vida de quem usa o editor de seqüências. Até então qualquer imagem ou vídeo que se adicionava na linha-do-tempo se ajustava à resolução do seu vídeo final. Não importando se você carregava uma foto de 100x800, se seu vídeo fosse um corriqueiro 640x480 o Blender esticaria sua imagem ou vídeo por todo o canvas.
A real é que você agora pode contralar dimensão, rotação e panorama das suas camadas de imagem ou vídeo.
E mais, agora há um controlador de velocidade também, para (des)acelerar como bem entender as suas cenas.

Enfim, diversão multidimensional garantida com o Blender!

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enviada por: gelo em: 19:57 - 28/02    |    permalink    |    1 comentário    |    comentar

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