Dr. Paulo Marques, tem toda uma vida dedicada à vida acadêmica, na Unoversidade Federal Rural de Pernambuco, onde recebeu títulos e ocupou cargos importantes. Atualmente, é terapeuta e se dedica a Terapia de Vivencias Passadas.
Na Terapia de Vivências Passadas (TVP) o trabalho pode ser feito basicamente num estado de transe superficial, diferenciado portanto do estado normal de vigília, pois tem características próprias. O paciente da TVP conhece-se a si mesmo a partir de um estado alterado de consciência que se caracteriza por ser ampliado, consciente ou semiconsciente, introspectivo, activo e regressivo. É ampliado porque permite conhecer o que ocorre no inconsciente, possibilitando inclusive eventuais manifestações de cunho considerado paranormal. Neste estado o paciente pode relatar experiências não só do seu passado na sua vida actual inter ou pós-uterina (incluindo o nascimento), como também em vidas pretéritas, ou experiências ultra dimensionais, ou seja, ocorrências que provêm de uma dimensão extra física e interpenetrada nesta. Nas experiências de vidas passadas poderemos ainda subdividir em períodos antes, durante e após a morte física das mesmas.
Existem, no entanto, técnicas de aprofundamento de indução ou transe que podem levar o paciente a estados mais inconscientes, semelhante ao estado de sono profundo, ou mais ligeiros, semelhante ao sonhar semi-acordado.
Nesta terapia o papel do terapeuta é dirigir activamente a experiência do paciente, ajudando a reelaborar as histórias, imagens e ideias fixas que surgem na mente do paciente em estado de transe, por mais breves ou fragmentárias que sejam, pois são pedaços de outras personalidades ou de situações dum passado que poderão influenciar a sua vida actual presente. Ao revivenciar essas memórias, haverá um maior estado consciente e uma reprogramação da vida do paciente, liberando-o de traumas e bloqueios que vêm do seu inconsciente. Daí a necessidade do auxílio do terapeuta, sendo a auto-regressão sem acompanhamento nem sempre aconselhada, devido a não se conseguir os melhores resultados em muitos aspectos.
Esta terapia visa a que o paciente localize e se reveja nas experiências ou situações pretéritas que mais o marcaram, sendo especificamente dirigida de modo a que as reviva em todos os detalhes necessários ou importantes para ele, levando-o a integrar pensamentos, sentimentos e sensações desse período, beneficiando apagar os efeitos negativos dos incidentes ou traumas e, possibilitando assim, que o indivíduo viva a sua vida actual duma forma mais consciente e serena, lidando melhor com a realidade da sua vida presente e livre das questões mal resolvidas do seu passado.
Contrariamente ao que algumas pessoas pensam, a Terapia de Vivências Passadas não se trata de uma forma de enviar alguém para uma vida passada, ou duma viagem astral (saída do espírito fora do corpo), mas sim duma técnica de revivência de memórias do próprio indivíduo gravadas no seu subconsciente e que o afecta ou condiciona interiormente em algo na sua vida actual.
Trata-se de uma terapia completamente segura, que serve para fortalecer o espírito humano, também de reconstituição emocional, utilizando-se processos de indução e relaxamento para atingir um estado que permita ter acesso ao inconsciente, devendo existir sempre previamente uma análise das condicionantes para se conseguir o melhor resultado terapêutico para cada situação.
Dr. Ricardo Costa é acupunturista e homeoterapeuta e nos falou sobre a importância dessa técnica no tratamento de várias doenças, explicando sobretudo que a acupuntura é uma técnica de tratamento que consiste no estímulo de pontos determinados da superfície da pele. Podem ser utilizados neste processo agulhas, ventosas, massagens, e até o calor proveniente da queima da moxa, preparada à partir da erva artemísia (moxabustão).
email: rapperjov@gmail.com - fone: 87714384
NINA RODRIGUES MC, COLUNISTA DO SITE http://www.vermelho.org.br/, VOCALISTA DO CONFLUÊNCIA E VOCALISE
email: n.ninarodrigues@gmail.com
LULA DIAS, QUE INICIOU NO BREAK E HOJE FAZ REPENTES DE RUA VIVENCIANDO O COTIDIANO
MC PABLOemail: pablo_cavalcanti@hotmail.com
Cecília Arruda, Compositora e vocalista da Banda Parabelo. O "Parabelo" vem da arma cangaceira típica do interior do Nordeste, cuja alcunha descende do parabelum, pistola alemã, e além de dar nome à banda é também título do primeiro CD-EP (2007) com a participação especial do músico Carlinhos Lua (flauta e sax). Trabalho idealizado e produzido pela banda, da gravação a capa artesanal!Felipe Pinto (violão e cavaco) é de Casa Amarela; Cecília Arruda (vocal) e Dhiogo Rezende (percussão) são de Recife e estudaram em Nazaré da Mata; Ramsés (bateria) de Olinda e estudante da Zona da Mata; Marcos Henrique (baixo e voz) e Luiz Henrique (violão e voz) também são de Olinda.***Todos trazem suas vivencias individuais para o universo temático e para a sonoridade da banda.
Jefferson Moura, da Fábrica Estudios, localizado no bairro da Várzea, a margem da mata do Segredo, uma das maiores reservas de área verde da cidade, o Fábrica oferece um ambiente ideal para a criação e produção musical dos mais diversos estilos. Seguimos a filosofia de fazer com que cada trabalho musical tenha um tratamento diferenciado, agregando tecnologia de ponta, salas acusticamente tratadas, profissionais treinados e um local tranqüilo e inspirador.Os aspectos técnicos também são fundamentais, dessa forma, o Fábrica investe em uma estrutura de primeira e profissionais qualificados, além de trabalhar com todo tipo de manipulação de áudio, desde gravação e edição de CDs e DVDs, até gravação de shows ao vivo e produção de trilhas sonoras. Outra vantagem dos nossos estúdios é que em toda produtora de áudio o CD fica pronto e o trabalho termina. Mas no Fábrica Estúdios é diferente. Produzir é só uma parte do que podemos fazer por nossos clientes. Aqui no Fábrica você grava o seu cd, faz a capa do disco, consegue contatos com distribuidoras e até grava um videoclipe.
Vários nomes já passaram pelo Fábrica. Naná Vasconcelos, Cordel do Fogo Encantado, Arto Lindsay, Chico César, Mundo Livre S/A, A Roda, Silvério Pessoa, Inaldo Moreira, Mônica Feijó, Suvaca di Prata, Superoutro, Mula Manca e a Triste Figura, Reginaldo Rossi, Adilson Ramos, Coquistas do Amaro Branco, Siba e Fuloresta do Samba, Poetas da Mata Norte, Bonsucesso Samba Clube, Flávio Guimarães, Sheik Tosado, Lucas dos Prazeres e Raízes de Quilombo, Zeferina Bomba, Mestre Salustiano, Maciel Salustiano, Grupo Terra, Think of One e Ntoumos (Bélgica), Areia Projeto, Choro Brasil, Songo, Variant TL, Marcelo Santana, Cascabulho, Mombojó, Sexteto Capibaribe, River Raid, Antônio Nóbrega são alguns dos artistas que nos deram a possibilidade e o prazer de contribuir em seus projetos.
SERVIÇOS:·Gravação de áudio para CD
·Gravação de áudio para DVD (Unidade Móvel)
·Produção·Mixagem 2.0 e 5.1·ISRC
·Masterização
SERVIÇOS PRESTADOS POR PARCEIROS:
·Músicos·Making off da gravação·Faixa multimídia
·Vídeo clipe da banda·Prensagem de CD
·Prensagem de DVD
·Web designer
·Fotógrafos
.Captação e finalização de imagem para DVD
Flávio Mamorra, da Articulação Musical Pernambucana - AMP - Uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, fundada em outubro de 2003, por iniciativa de músicos profissionais, técnicos de sonorização e iluminação, cenográfos, produtores culturais, jornalistas, radialistas, videastas, fotógrafos, divulgadores, distribuidores, sociólogos, atores, designers, advogados entre outros profissionais de diversas áreas.Tem como objetivo principal articular, organizar e capacitar pessoas interessadas em desenvolver programas, projetos e propostas de políticas públicas, que através da música promovam sustentabilidade para os seus beneficiários e transformação social numa perspectiva de uma sociedade mais justa. Nesse sentido, há mais de dois anos a AMP, em sua atuação como interlocutor da sociedade civil junto ao poder público, tem exercido uma prática de economia solidária incomum no meio artístico. Contanto com a disponibilidade de profissionais de reconhecido valor, para o exercício da cooperação e trabalhos colaborativos.Considerando o alto pontencial da arte, enquanto instrumento de tranformação social, um grupo de artistas e profissionais ligados à música percebeu a necessidade de trabalhar num processo de construção coletiva para atingir o mesmo ideal de uma sociedade mais igualitária nas oportunidades. Essa atitude inegavelmente, situa-se numa proposta de valorização da música pernambucana, um dos setores mais desfavorecidos diante da sociedade de consumo, do monopólio dos meios de comunicação, do poder hegemônico das grandes corporações do entretenimento e da banalização da cultura em geral. No programa Liberdade de Expressão gravado dia 16 de maio de 2008, foi debatido o tema PERSPECTIVAS DE MUDANÇAS ATRAVÉS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS, com a presença do Produtor Cultural e Diretor da A-SIM, Astrogildo Santos, Secretário de Cultura do Município do Paulista, Fernando Pessoa, Secretário de Cultura do Recife, João Roberto Peixe e da Secretária de Cultura da Cidade de Olinda.
No Brasil a relação entre o Estado e a cultura tem uma longa história. Entretanto a elaboração de políticas para o setor, ou seja, a preocupação na preparação e realização de ações de maior alcance, com um caráter perene, datam do século XX e para mudar estruturas sociais, econômicas e políticas há que se mudar, antes de tudo, a prática humana. Mudando as pessoas muda-se a sociedade. Por isso, a cultura assume uma condição omportantíssimo no processo de mudança social. Qualquer que seja a perspectiva de mudança passará pela dimensão cultural. Assim, é forçoso reconhecer que a cultura assume categoria importante no desvendamento da organização social e dos padrões estabelecidos na sociedade. É difícil avançar na mudança estrutural sem que haja modificações nas práticas sociais de sujeitos e entre homens e mulheres. Na cultura política contemporânea, tomando-a como conjunto de crenças, atitudes e comportamentos, coexistem práticas tradicionais e inovadoras, evidenciadas a partir da realidade social e da relação entre a sociedade civil organizada e o Estado. .
Políticas públicas de cultura: um campo em construção Partindo de um conceito de cultura que englobe o conjunto dos saberes e dos fazeres a relação estado e cultura passa a estar presente no conjunto dos órgãos que compõem o governo. Logo, a elaboração de políticas deve partir da percepção da cultura como bem da coletividade e da observação da interferência nas práticas culturais enraizadas das ações levadas a cabo pelas mais diversas áreas governamentais (saúde, educação, meio-ambiente, planejamento urbano, entre outras). Durante muito tempo a ação do Estado ficou restrita a preservação daquilo que comporia o conjunto dos símbolos formadores da nacionalidade, tais como o patrimônio edificado e as obras artísticas ligadas à cultura erudita (composições, escritos, pinturas, esculturas, etc.). O papel de guardião da memória nacional englobava atribuições de manutenção de um conjunto restrito de manifestações artísticas. As manifestações populares deveriam ser registradas e resgatadas dentro do que poderia ser classificado como o folclore nacional. A partir da década de 1950 os organismos internacionais passam, gradativamente, a trabalhar com a noção de bens culturais, tornando usual a expressão patrimônio cultural. Em 1972, temos a Carta do México em defesa do Patrimônio cultural, que apresenta a definição de patrimônio como o “conjunto dos produtos artísticos, artesanais e técnicos, das expressões literárias, lingüísticas e musicais, dos usos e costumes de todos os povos e grupos étnicos do passado e do presente.” Também nesse momento, dentro da convenção da UNESCO, a Bolívia lidera um movimento pela realização de estudos que apontassem formas jurídicas de proteção às manifestações da cultura tradicional e popular . Surgem em 1989, as Recomendações sobre a Salvaguarda da Cultura Tradicional e Popular da UNESCO, um instrumento legal que fornece elementos para a identificação, a preservação e a continuidade dessa forma de patrimônio. Em 2000, temos no Brasil, a criação do Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial, dando início ao processo de efetivação de um campo específico de atuação dentro da área de preservação de patrimônio. Em 2005, a Unesco propôs a adoção da Convenção para a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais, conhecida por Convenção da Diversidade. Seu texto reafirma as relações entre cultura e desenvolvimento procurando criar uma nova plataforma para a cooperação internacional. Um dos seus aspectos mais destacados é a reafirmação da soberania dos países para elaborar suas políticas culturais, tendo em vista a proteção e promoção da diversidade das expressões culturais, buscando criar condições para que as culturas floresçam e interajam com liberdade de uma forma que beneficie mutuamente as partes envolvidas. Depois de ratificada pelos países membros da Unesco a Convenção entra em vigor em março de 2007. Em termos gerais podemos dizer que os primeiros quatro anos de gestão do Ministro Gil foram de construção real de um Ministério da Cultura. Desde a criação em 1985, o órgão passou por uma série de crises e processos de descontinuidade. A gestão do Ministro Weffort (oito anos) foi acompanhada por uma política de Estado mínimo, o que para um ministério que mal havia sido recriado trouxe enormes dificuldades operacionais. Ao terminar tal gestão o Minc tinha como principal atividade aprovar os processos que seriam financiados através da Lei de Incentivo à Cultura. No primeiro ano da gestão do Ministro Gil, foi elaborado um plano de ampla reformulação da estrutura do Minc. Logo de início foram previstas alterações radicais na lei de incentivo. Antes de implementar as mudanças, o Ministério realizou uma série de consultas e fóruns com participação de diversos segmentos da área artística e da sociedade em geral, onde ficaram evidenciadas tanto as distorções acarretadas pela forma da aplicação da lei, quanto sua extrema importância para o setor artístico-cultural. Estavam abertos os primeiros canais de diálogo entre o Minc e a sociedade civil. Internamente foi planejada a criação de secretarias, buscando uma racionalização do trabalho que levasse a uma definição do papel do próprio Ministério dentro do sistema de governo. Foram criadas as secretarias de Políticas Culturais, de Articulação Institucional, da Identidade e da Diversidade Cultural, de Programas e Projetos Culturais e a de Fomento a Cultura. Estava formada uma nova estrutura administrativa para dar suporte à elaboração de novos projetos, ações e de políticas.
Desafios para o processo de implementação de política culturais Uma política cultural atualizada deve reconhecer a existência da diversidade de públicos, com as visões e interesses diferenciados que compõem a contemporaneidade. No caso brasileiro, temos a premência de reverter o processo de exclusão, da maior parcela do público, das oportunidades de consumo e de criação culturais. Nestor Canclini utiliza o conceito de hibridização cultural como uma ferramenta para demolir a concepção do mundo da cultura em três camadas: culta, popular e massiva. O conceito de hibridização abrange diversas mesclas interculturais, não apenas as raciais, que se costuma encaixar no termo mestiçagem, ou as preponderantemente religiosas, categorizadas enquanto sincretismos. A promoção de políticas de caráter mais universal tem como desafio, a questão de um processo de “desigualdade natural das necessidades culturais”.e é necessário ter cautela na aplicação mecânica e simplista de uma política de acesso.. Considerando que a aspiração à prática cultural varia como a prática cultural e que a necessidade cultural reduplica à medida que esta é satisfeita, a falta de prática é acompanhada pela ausência do sentimento dessa privação. A ação na área da cultura tem sido frequentemente vista através de uma visão limitada ao acontecimento episódico, ao evento, inclusive por muitos dos gestores da área pública. Qualquer processo de gestão requer diretrizes, planejamento, execução e avaliação de resultados, e com a cultura não ocorre diferente. Um dos grandes desafios da gestão pública da cultura na avaliação das ações implementadas tem relação com os objetivos e à multiplicidade de efeitos buscados ou por ele alcançados. As ações públicas têm que demonstrar minimamente coerência entre o que se diz buscar e as ações postas em prática. Não existe relação direta de causa e efeito no campo da ação cultural, o que torna complexa a avaliação. Parte das ações interagem com o campo das mentalidades, das práticas culturais enraizadas, necessitando de um tempo mais longo para gerarem resultados visíveis. Nesse caso o grande desafio é o de criar projetos que não sejam desmontados a cada nova administração, gerando um ciclo contínuo de desperdício de recursos e de trabalho. Um dos possíveis caminhos a serem seguidos nesse processo de construção de políticas de longo prazo é o do envolvimento dos agentes atingidos por tais políticas. O país vive hoje um movimento contínuo de construção de projetos coletivos de gestão pública nas mais variadas áreas. São cada vez mais atuantes os conselhos que contam com a participação efetiva da sociedade civil. Os produtores, os agentes, os gestores culturais, os artistas, o público em geral, também vêm buscando formas de participar e de interferir nos processos de decisões no campo das políticas públicas culturais. Ressurgem movimentos de valorização das manifestações culturais locais que incentivam tanto a redescoberta dos artistas da comunidade, como de novas formas de produção artístico-culturais. Aumentam as demandas por uma maior formação e especialização dos agentes culturais locais em todos os níveis, do artesão aos responsáveis pelas atividades burocráticas, que devem implementar seus projetos buscando uma autonomia cultural. A base de um novo modelo de gestão está no reconhecimento da diversidade cultural dos distintos agentes sociais e na criação de canais de participação democrática. A tendência mundial aponta para a necessidade de uma maior racionalidade do uso dos recursos, buscando obter ações ou produtos (um centro de cultura, um museu, uma biblioteca, um curso de formação) capazes de se transformar em multiplicadores desses ativos culturais. É a falência do modelo de uma política de pulverização de recursos, como foi o caso do Programa de Ação Cultural da década de 1970, que, mesmo cobrindo vastos espaços territoriais, não evitou a falta de integração entre eventos que foram percebidos e vivenciados de maneira isolada, ou seja, mobilizou uma grande soma de recursos com um resultado pequeno, mas que ainda vem sendo insistentemente utilizado por algumas administrações. No caso brasileiro, encontramos, nos diversos níveis de governo, órgãos responsáveis pela gestão cultural. Em todos eles estão presentes os problemas da carência de recursos. É fundamental definir as relações que podem e devem ser estabelecidas entre os vários órgãos públicos de gestão cultural nos níveis federal, estadual e municipal, e destes com outras áreas governamentais, com as instituições privadas e com a sociedade civil. Existe uma série de competências legais comuns entre a União, os estados e os municípios. Entre as quais podemos destacar a função de proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais e os sítios arqueológicos. Uma conseqüência visível disso é a da existência de uma série instituições como museus, centros culturais, galerias de arte, bibliotecas, teatros, etc., sob administração indistinta da União, dos Estados e dos municípios. Estas instituições possuem acervos similares e promovem, muitas vezes, atividades idênticas sem ao menos buscar uma integração, ou um planejamento partilhado. Não existem políticas nacionais, por exemplo, de gestão desses acervos. Não existe um lugar que centralize essas informações permitindo ao governo um real conhecimento da atual situação, subsídio indispensável para a elaboração de políticas. Há a necessidade de realizar algumas partilhas de tarefas entre os diversos níveis de governo, evitando duplicidades ou, ao contrário, omissão de ações, como comumente ocorre na área dos bens tombados. A diversidade cultural coloca em pauta a questão da democratização cultural. Um processo contínuo de democratização cultural deve estar baseado em uma visão de cultura como força social de interesse coletivo, que não pode ficar dependente das disposições do mercado. Numa democracia participativa a cultura deve ser encarada como expressão de cidadania, um dos objetivos de governo deve ser, então, o da promoção das formas culturais de todos os grupos sociais, segundo as necessidades e desejos de cada um, procurando incentivar a participação popular no processo de criação cultural, promovendo modos de autogestão das iniciativas culturais. A cidadania democrática e cultural contribui para a superação de desigualdades, para o reconhecimento das diferenças reais existentes entre os sujeitos em suas dimensões social e cultural. Ao valorizar as múltiplas práticas e demandas culturais, o Estado está permitindo a expressão da diversidade cultural. Questões presentes e desafios para o futuro Podemos afirmar que hoje duas questões centrais compõem a pauta das políticas de cultura: a da diversidade cultural e a da economia da cultura. As problemáticas que as envolve têm uma série de pontos interseccionados, alguns deles serão apresentados a seguir, acompanhados por possíveis formas de atuação na elaboração de políticas. O primeiro ponto é o da defesa da diversidade como elemento fundamental para a continuação da existência das próprias sociedades e que comporta como proposições de política: - Aquela que considera os vários aspectos da diversidade, não se contentando, por exemplo, com a mera preservação do variado como na construção de um enorme museu de “objetos” vivos, destinado ao prazer daqueles que são de fora daquela comunidade. - Promoção da diversidade como lugar de diálogo constante entre grupos e não como lugar da formação de grupos isolados. - Utilização da questão da diversidade como bandeira fundamental contra o processo de globalização uniformizadora. O segundo ponto é o de que é essencial a garantia e a defesa dos produtos e do mercado cultural, ou seja, é o que diz respeito a forma de ação do Estado sobre o mercado de bens culturais, regulando os excessos e que pode ter como objetivos principais: - Implementar ações que inibam a intervenção mercadológica devastadora (como, por exemplo, alterações de calendários e de tempo de duração) em festejos e celebrações tradicionais. - Desenvolver ações que elevem o grau de autonomia de decisão dos grupos envolvidos sobre os bens e serviços culturais. - Adotar medidas que garantam um tratamento diferenciado entre os produtos culturais e os mercantis. O terceiro ponto é o da implementação de uma maior abertura no intercâmbio cultural internacional. A manutenção da diversidade não implica na geração de um processo de isolamento cultural. Há a necessidade da realização de intercâmbios diversos, em condições equilibradas e não a submissão ao tipo de relação que vem sendo imposta pelo crescente processo de globalização. Para tanto podem ser elaboradas políticas que visem: - Apoiar ações pautadas em relações transnacionais, sem submissões ou dependências. - Criar políticas de defesa da circulação da produção cultural em níveis mundiais, elevando ao máximo a idéia de diversidade. - Ampliar o conceito de globalização, diferenciando-o da dominação cultural norteamericana. - Formular procedimentos que estimulem o efetivo cumprimento dos acordos internacionais no campo. - Implementar de ações que coloquem cada vez mais a cultura como um dos elementos centrais nos acordos internacionais. No quarto ponto está a necessidade de tratamento das manifestações culturais como parte do patrimônio de um povo, que deve ser protegido frente a ameaças de natureza diversa e que necessita de políticas que contribuam para a: - Elaboração de formas de ação quando por um motivo qualquer um grupo, tradição ou manifestação se veja ameaçado de desintegração e/ou desaparição. - Formulação procedimentos que recuperem a capacidade do Estado de regular, de proteger e fomentar a produção cultural. - Promoção de ações com a consciência de que cultivar a diversidade implica, sim, em abalar o conceito tradicional de nacionalidade. É necessário atualizar os marcos conceituais. O quinto ponto diz respeito à importância da integração das ações de maneira interministerial. A divisão das áreas em ministérios deveria ter a finalidade de aumentar a governabilidade e não de fracionar o Estado, dificultando sua ação. Este desafio está diretamente ligado a construção de novas práticas administrativas dentro do Estado, tais como a: - Criação de uma prática permanente de constituição de grupos interministeriais para atuação em políticas públicas, mesmo setoriais que, de alguma maneira, afetem a área da cultura. - Elaboração de ações políticas conjuntas com a área da educação. Uma questão que apresenta grandes desafios, também ligada ao relacionamento interministerial, é a da circulação de conteúdos culturais através dos meios de comunicação de massa. Um ponto fundamental dentro de um projeto que objetiva a democracia cultural é o do reconhecimento da importância que os meios de comunicação assumiram na constituição das sociedades modernas e a posição central que eles ocupam na atualidade. O debate sobre comunicação e cultura estrutura-se, além do mais, a partir da compreensão de que ambos são direitos humanos inalienáveis, e assim devem ser encarados por qualquer governo ou governante. A problemática que se coloca aqui é a da ampliação do nível de participação do conjunto da sociedade nos diversos níveis de gestão e de produção da cultura e nos canais de circulação dessa produção. A gestão atual do Minc realizou avanços significativos no sentido de colocar a cultura dentro da agenda política do governo, fez com que ela deixasse de ter um papel praticamente decorativo entre as políticas governamentais. Porém, novas questões se colocam. As reformas realizadas forneceram as condições mínimas de funcionamento para o Ministério. Estão abertos novos campos de atuação, nos quais os técnicos da área da cultura têm sido chamados para participar de alguns fóruns de decisão. O grande desafio é transformar esse complexo de ações em políticas que possam ter alguma garantia de continuidade nas próximas décadas. Foram estabelecidos canais de diálogos com as administrações municipais e estaduais, com o objetivo de criar um Sistema Nacional de Cultura. Nesse mesmo processo estão envolvidos representantes da área artístico-cultural e da sociedade civil em geral. A continuidade do processo implica em delimitação real de direitos e deveres de cada um dos grupos participantes, que devem se tornar parceiros e co-responsáveis. Outra questão prioritária é a da gestão da informação. A elaboração de políticas requer conhecimento sobre o tema. O planejamento demanda a existência de um mínimo de dados. A criação de um Sistema Nacional de Cultural é uma das possíveis formas de garantir as parcerias necessárias para a construção de um Sistema Nacional de Informações Culturais. A função da elaboração de políticas públicas na área de cultura deve ser a de garantir plenas condições de desenvolvimento da mesma. O Estado não deve ser um produtor de cultura, mas pode e deve ter a função de democratizar as áreas de produção, distribuição e consumo. Cultura é fator de desenvolvimento.
PROFESSOR JORGE ARRUDA, SECRETÁRIO DO CEPIR-COMITÊ ESTADUAL DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL
Pernambuco tem, pela primeira vez, um serviço específico para cuidar do combate às desigualdades raciais. O Governo do Estado, em parceria com diversas secretarias estaduais, criou o Comitê Estadual de Promoção da Igualdade Étnico-Racial (Cepir), que tem o objetivo de organizar e concentrar as ações voltadas para a pluralidade pernambucana, principalmente para parcela da população com carência de políticas públicas. As pastas serão as de Educação, Articulação Social, Juventude e Emprego, Mulher, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Defesa Social e Saúde. O secretário-executivo do projeto é o professor Jorge Arruda.
Segundo Jorge Arruda, há o interesse de que seja desenvolvido um plano estadual para a igualdade racial, principalmente, porque , a cada segundo, em Pernambuco, uma pessoa é vítima de discriminação do tipo. O grupo que compõe o Cepir faz reuniões a cada 15 dias,para conclusão do documento que irá nortear a política de combate ao racismo no Estado, a implementação da lei 10.639, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira e a qual prevê a obrigatoriedade do ensinamento da cultura afro e afro-brasileira, nas escolas do País. Todas os grupos étnicos serão representados pelo Cepir, desde negros, a árabes e ciganos, todos terão espaço igual na iniciativam pautando sempre a unidade, em meio à diversidade,conforme deseja o governador Eduardo Campos. É uma conquista histórica para todas as etnias. Nunca houve em Pernambuco uma política específica para a temática da pluralidade racial, como este que está sendo realizado pelo CEPIR. O comitê está instalado no Palácio do Campo das Princesas.
MIGUEL FARIAS, produtor a apresentador do Programa Liberdade de Expressão
DITO D'OSSÓSSI
Sacerdote da Casa de Matriz Africana Ylê Asé Ayrá Adjáossi, fundada em 17 de agosto de 1986 no bairro Alto José do Pinho, Zona Norte do Recife, a Entidade de Cultura Negra Afoxé Ylê de Egbá é oriunda do centro de Candomblé Ilê-Axé? Ayra Ajaóssi, tendo como presidente da agremiação Expedito de Paula Neves (Babalaô), mais conhecido como Dito D'Oxossi. O Ylê de Egbá é formado por vários segmentos que cuidam de sua organização, entre eles o Afoxé, grupo de ritmistas, cantores e compositores responsável pela parte musical da entidade. O Afoxé mescla o toque do "Ijexá" (ritmo afro) a vários outros ritmos das nações yorubás que vieram para o Brasil, resultando arranjos e músicas com interessantes variações rítmicas, dando um "toque" singular à batida do grupo através de xequerês, atabaques, ganzás e agogôs, entre outros instrumentos específicos dessas nações negras. Foi o primeiro afoxé pernambucano a participar da tradicional "Noite dos Tambores Silenciosos", encontro de maracatus-nação que ocorre no carnaval recifiense. Outros segmentos do Ylê de Egbá são o Imalê, grupo formado por ogans alabês (percussionistas de terreiro); o Egbe de Xangô, Sociedade dos Filhos de Xangô (Orixá que representa a Entidade) e o Imalê Mirim, a Ala infantil do afoxé. Destaca-se também a importância do Ilê Axé, templo religioso no qual acontecem todos os ritos ligados à religião negra. A entidade também desenvolve várias atividades comunitárias, educacionais e de preservação da cultura negra, participando de eventos
MÃE JANE DE EGUN NYTÁ
Jane tem 60 anos de vida. colares coloridos e brincos dourados. Maquiagem leve e batom vermelho. Linda! Mãe Jane, Cinqüenta anos de "santo" e um dos símbolos maiores dos Terreiros de Matriz Africana em Pernambuco. Filha de família católica, aluna de colégios de freiras, aos 8 anos diz que começou a receber as primeiras "manifestações". A repressão começou dentro de casa. A sua luta também, Mãe Jane falou de sua ideologia religiosa.. Falou dos seus deuses.
. Mãe Jane possui a 40 anos um Terreiro na Cidade Tabajara, em Olinda: o Ileaxéloya Egunyta. Em quatro décadas viu as mudanças na relação entre os Terreiros e a sociedade - sobretudo dentro das comunidades em que estão instalados. Hoje ela se divide entre religião, política e ações sociais e culturais. Participa ativamente de dezenas de movimentos. Recebe cestas básicas e leite do governo e tem o dever de distribuí-los entre outros centros religiosos. Dentro da sua casa, criou um núcleo de informática para capacitar jovens carentes. E ainda organiza campeonatos de futebol e festas folclóricas (como quadrilhas de São João) na comunidade. Todo esse trabalho tende a se intensificar com o Mapeamentos dos Terreiros, que vem sendo realizado pelo governo do estado - justamente para poder investir no potencial social desses locais. "Ainda assim, sou muito criticada. E ainda há muita repressão contra as religiões de matriz afriacana. Muitos católicos e evangélicos vão ao terreiro, mas não revelam. Como se estivessem fazendo algo errado", conta Mãe Jane.O sincretismo religioso - revelado por Jane - surgiu desde a época da escravidão. A aproximação com o catolicismo foi uma espécie de forma encontrada pelos escravos para resistir a perseguição.
RELIGIÕES DE MATRIZ AFRICANA
O conceito de negrofobia, utilizado para explicar um sentimento de temor no imaginário coletivo quando o assunto é religião africana, terreiros de candomblé, cultos de descarrego e outros temas relacionados, revelam um medo incontido das coisas negras, como algo misterioso e medonho. As pessoas alimentam estereótipos de coisas que não conhecem..
A apropriação de termos religiosos em canções populares, como a que ocorre na música Dandalunda, interpretada pela cantora Margareth Menezes, revelam uma nítida massificação do sagrado. Muita gente nem ao menos sabe o que significa dandalunda. O termo – um outro nome para Iemanjá, a mãe de todos os orixás – aparece no refrão da música: ‘dandalunda, maibanda, coque’.
TERREIROS DE CANDOMBLÉ – Taxar cultos negros como algo exótico é, para o educadores uma das idéias que mais agridem as manifestações religiosas de matrizes africanas. O terreiro de candomblé não é uma sala especial de museu, onde um turista pode participar das manifestações para experimentar a religião. Candomblé não é um espetáculo como, muitas vezes, fazem parecer.
Em Pernambuco está sendo feito um mapeamento dos terreiros de candomblé e umbanda para localizá-los para fortalecer a cultura afro e o governo do Estado que criou o CEPIR, está promovendo esse levantamento o que é importante porque muitas casas não têm a isenção fiscal que é de direito das instituições religiosas. O número de brasileiros que tem o candomblé como religião oficial é de mais de três milhões
Candomblé, umbanda e omolocô são religiões de matriz africana expressivas no Brasil, pouco se conheee sobre elas.
Há uma "endemonização" das manifestações que não sejam as oficiais "Não ser cristão nesse país é um peso muito grande" e o Brasil conta com a banalização do sagrado. "O meu sagrado é importante e o do outro não. Até que ponto o Estado contribui para reverter esse quadro."?
Os negros sempre sofreram com a intolerância religiosa porque o Brasil não assume o quanto é plural e diverso, No entanto, o quadro vem mudando, por influência do movimento negro. Hoje os negros não têm mais vergonha de usar suas contas; hoje o povo do santo está mais ereto, com a cabeça erguida
Alguns fatos têm contribuído para que as mudanças ocorram mais ràpidamente
Mobilização dos Religiosos afro-brasileiros e simpatizantes para um olhar mais sensível e atento para o ãmago da Religião africanista;
Valorização da tradição e história oral, preservando as riquezas culturais e a memória coletiva
Incentivo a Pesquisa e história de Lideranças afro-religiosas propiciando organização de acervo, sensibilizando educadores e/ou profissionais em educação para que incluam em projetos pedagógicos a temática etnico-racial religiosa;
Fortalecimento da auto-estima das crianças e adolescentes afr-desecendentes religiuosos, incntivando-os na busca do conhecimento de suas raízes.
Contribuir no processo de resgate de auto-estima e identidade do povo negro impondo barreiras frente a intolerãncia Religiosa e racial;
Respeito aos mais velhos, valorizando sua memória e sabedoria na preservação da cultura e história ancestral;
Consolidação dos terreiros como espaço de resistência, vida, saúde, acolhimento e cuidado com o outro, resgatando desta forma seu verdadeiro papel na sociedade.
PROFESSOR JORGE ARRUDA, SECRETÁRIO DO CEPIR-COMITÊ ESTADUAL DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL
Pernambuco tem, pela primeira vez, um serviço específico para cuidar do combate às desigualdades raciais. O Governo do Estado, em parceria com diversas secretarias estaduais, criou o Comitê Estadual de Promoção da Igualdade Étnico-Racial (Cepir), que tem o objetivo de organizar e concentrar as ações voltadas para a pluralidade pernambucana, principalmente para parcela da população com carência de políticas públicas. As pastas serão as de Educação, Articulação Social, Juventude e Emprego, Mulher, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Defesa Social e Saúde. O secretário-executivo do projeto é o professor Jorge Arruda.
Segundo Jorge Arruda, há o interesse de que seja desenvolvido um plano estadual para a igualdade racial, principalmente, porque , a cada segundo, em Pernambuco, uma pessoa é vítima de discriminação do tipo. O grupo que compõe o Cepir faz reuniões a cada 15 dias,para conclusão do documento que irá nortear a política de combate ao racismo no Estado, a implementação da lei 10.639, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira e a qual prevê a obrigatoriedade do ensinamento da cultura afro e afro-brasileira, nas escolas do País. Todas os grupos étnicos serão representados pelo Cepir, desde negros, a árabes e ciganos, todos terão espaço igual na iniciativam pautando sempre a unidade, em meio à diversidade,conforme deseja o governador Eduardo Campos. É uma conquista histórica para todas as etnias. Nunca houve em Pernambuco uma política específica para a temática da pluralidade racial, como este que está sendo realizado pelo CEPIR. O comitê está instalado no Palácio do Campo das Princesas.
MIGUEL FARIAS, produtor a apresentador do Programa Liberdade de Expressão
DITO D'OSSÓSSI
Sacerdote da Casa de Matriz Africana Ylê Asé Ayrá Adjáossi, fundada em 17 de agosto de 1986 no bairro Alto José do Pinho, Zona Norte do Recife, a Entidade de Cultura Negra Afoxé Ylê de Egbá é oriunda do centro de Candomblé Ilê-Axé? Ayra Ajaóssi, tendo como presidente da agremiação Expedito de Paula Neves (Babalaô), mais conhecido como Dito D'Oxossi. O Ylê de Egbá é formado por vários segmentos que cuidam de sua organização, entre eles o Afoxé, grupo de ritmistas, cantores e compositores responsável pela parte musical da entidade. O Afoxé mescla o toque do "Ijexá" (ritmo afro) a vários outros ritmos das nações yorubás que vieram para o Brasil, resultando arranjos e músicas com interessantes variações rítmicas, dando um "toque" singular à batida do grupo através de xequerês, atabaques, ganzás e agogôs, entre outros instrumentos específicos dessas nações negras. Foi o primeiro afoxé pernambucano a participar da tradicional "Noite dos Tambores Silenciosos", encontro de maracatus-nação que ocorre no carnaval recifiense. Outros segmentos do Ylê de Egbá são o Imalê, grupo formado por ogans alabês (percussionistas de terreiro); o Egbe de Xangô, Sociedade dos Filhos de Xangô (Orixá que representa a Entidade) e o Imalê Mirim, a Ala infantil do afoxé. Destaca-se também a importância do Ilê Axé, templo religioso no qual acontecem todos os ritos ligados à religião negra. A entidade também desenvolve várias atividades comunitárias, educacionais e de preservação da cultura negra, participando de eventos
MÃE JANE DE EGUN NYTÁ
Jane tem 60 anos de vida. colares coloridos e brincos dourados. Maquiagem leve e batom vermelho. Linda! Mãe Jane, Cinqüenta anos de "santo" e um dos símbolos maiores dos Terreiros de Matriz Africana em Pernambuco. Filha de família católica, aluna de colégios de freiras, aos 8 anos diz que começou a receber as primeiras "manifestações". A repressão começou dentro de casa. A sua luta também, Mãe Jane falou de sua ideologia religiosa.. Falou dos seus deuses.
. Mãe Jane possui a 40 anos um Terreiro na Cidade Tabajara, em Olinda: o Ileaxéloya Egunyta. Em quatro décadas viu as mudanças na relação entre os Terreiros e a sociedade - sobretudo dentro das comunidades em que estão instalados. Hoje ela se divide entre religião, política e ações sociais e culturais. Participa ativamente de dezenas de movimentos. Recebe cestas básicas e leite do governo e tem o dever de distribuí-los entre outros centros religiosos. Dentro da sua casa, criou um núcleo de informática para capacitar jovens carentes. E ainda organiza campeonatos de futebol e festas folclóricas (como quadrilhas de São João) na comunidade. Todo esse trabalho tende a se intensificar com o Mapeamentos dos Terreiros, que vem sendo realizado pelo governo do estado - justamente para poder investir no potencial social desses locais. "Ainda assim, sou muito criticada. E ainda há muita repressão contra as religiões de matriz afriacana. Muitos católicos e evangélicos vão ao terreiro, mas não revelam. Como se estivessem fazendo algo errado", conta Mãe Jane.O sincretismo religioso - revelado por Jane - surgiu desde a época da escravidão. A aproximação com o catolicismo foi uma espécie de forma encontrada pelos escravos para resistir a perseguição.
RELIGIÕES DE MATRIZ AFRICANA
O conceito de negrofobia, utilizado para explicar um sentimento de temor no imaginário coletivo quando o assunto é religião africana, terreiros de candomblé, cultos de descarrego e outros temas relacionados, revelam um medo incontido das coisas negras, como algo misterioso e medonho. As pessoas alimentam estereótipos de coisas que não conhecem..
A apropriação de termos religiosos em canções populares, como a que ocorre na música Dandalunda, interpretada pela cantora Margareth Menezes, revelam uma nítida massificação do sagrado. Muita gente nem ao menos sabe o que significa dandalunda. O termo – um outro nome para Iemanjá, a mãe de todos os orixás – aparece no refrão da música: ‘dandalunda, maibanda, coque’.
TERREIROS DE CANDOMBLÉ – Taxar cultos negros como algo exótico é, para o educadores uma das idéias que mais agridem as manifestações religiosas de matrizes africanas. O terreiro de candomblé não é uma sala especial de museu, onde um turista pode participar das manifestações para experimentar a religião. Candomblé não é um espetáculo como, muitas vezes, fazem parecer.
Em Pernambuco está sendo feito um mapeamento dos terreiros de candomblé e umbanda para localizá-los para fortalecer a cultura afro e o governo do Estado que criou o CEPIR, está promovendo esse levantamento o que é importante porque muitas casas não têm a isenção fiscal que é de direito das instituições religiosas. O número de brasileiros que tem o candomblé como religião oficial é de mais de três milhões
Candomblé, umbanda e omolocô são religiões de matriz africana expressivas no Brasil, pouco se conheee sobre elas.
Há uma "endemonização" das manifestações que não sejam as oficiais "Não ser cristão nesse país é um peso muito grande" e o Brasil conta com a banalização do sagrado. "O meu sagrado é importante e o do outro não. Até que ponto o Estado contribui para reverter esse quadro."?
Os negros sempre sofreram com a intolerância religiosa porque o Brasil não assume o quanto é plural e diverso, No entanto, o quadro vem mudando, por influência do movimento negro. Hoje os negros não têm mais vergonha de usar suas contas; hoje o povo do santo está mais ereto, com a cabeça erguida
Alguns fatos têm contribuído para que as mudanças ocorram mais ràpidamente
Mobilização dos Religiosos afro-brasileiros e simpatizantes para um olhar mais sensível e atento para o ãmago da Religião africanista;
Valorização da tradição e história oral, preservando as riquezas culturais e a memória coletiva
Incentivo a Pesquisa e história de Lideranças afro-religiosas propiciando organização de acervo, sensibilizando educadores e/ou profissionais em educação para que incluam em projetos pedagógicos a temática etnico-racial religiosa;
Fortalecimento da auto-estima das crianças e adolescentes afr-desecendentes religiuosos, incntivando-os na busca do conhecimento de suas raízes.
Contribuir no processo de resgate de auto-estima e identidade do povo negro impondo barreiras frente a intolerãncia Religiosa e racial;
Respeito aos mais velhos, valorizando sua memória e sabedoria na preservação da cultura e história ancestral;
Consolidação dos terreiros como espaço de resistência, vida, saúde, acolhimento e cuidado com o outro, resgatando desta forma seu verdadeiro papel na sociedade.
PROFESSOR JORGE ARRUDA, SECRETÁRIO DO CEPIR-COMITÊ ESTADUAL DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL
Pernambuco tem, pela primeira vez, um serviço específico para cuidar do combate às desigualdades raciais. O Governo do Estado, em parceria com diversas secretarias estaduais, criou o Comitê Estadual de Promoção da Igualdade Étnico-Racial (Cepir), que tem o objetivo de organizar e concentrar as ações voltadas para a pluralidade pernambucana, principalmente para parcela da população com carência de políticas públicas. As pastas serão as de Educação, Articulação Social, Juventude e Emprego, Mulher, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Defesa Social e Saúde. O secretário-executivo do projeto é o professor Jorge Arruda.
Segundo Jorge Arruda, há o interesse de que seja desenvolvido um plano estadual para a igualdade racial, principalmente, porque , a cada segundo, em Pernambuco, uma pessoa é vítima de discriminação do tipo. O grupo que compõe o Cepir faz reuniões a cada 15 dias,para conclusão do documento que irá nortear a política de combate ao racismo no Estado, a implementação da lei 10.639, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira e a qual prevê a obrigatoriedade do ensinamento da cultura afro e afro-brasileira, nas escolas do País. Todas os grupos étnicos serão representados pelo Cepir, desde negros, a árabes e ciganos, todos terão espaço igual na iniciativam pautando sempre a unidade, em meio à diversidade,conforme deseja o governador Eduardo Campos. É uma conquista histórica para todas as etnias. Nunca houve em Pernambuco uma política específica para a temática da pluralidade racial, como este que está sendo realizado pelo CEPIR. O comitê está instalado no Palácio do Campo das Princesas.
MIGUEL FARIAS, produtor a apresentador do Programa Liberdade de Expressão
DITO D'OSSÓSSI
Sacerdote da Casa de Matriz Africana Ylê Asé Ayrá Adjáossi, fundada em 17 de agosto de 1986 no bairro Alto José do Pinho, Zona Norte do Recife, a Entidade de Cultura Negra Afoxé Ylê de Egbá é oriunda do centro de Candomblé Ilê-Axé? Ayra Ajaóssi, tendo como presidente da agremiação Expedito de Paula Neves (Babalaô), mais conhecido como Dito D'Oxossi. O Ylê de Egbá é formado por vários segmentos que cuidam de sua organização, entre eles o Afoxé, grupo de ritmistas, cantores e compositores responsável pela parte musical da entidade. O Afoxé mescla o toque do "Ijexá" (ritmo afro) a vários outros ritmos das nações yorubás que vieram para o Brasil, resultando arranjos e músicas com interessantes variações rítmicas, dando um "toque" singular à batida do grupo através de xequerês, atabaques, ganzás e agogôs, entre outros instrumentos específicos dessas nações negras. Foi o primeiro afoxé pernambucano a participar da tradicional "Noite dos Tambores Silenciosos", encontro de maracatus-nação que ocorre no carnaval recifiense. Outros segmentos do Ylê de Egbá são o Imalê, grupo formado por ogans alabês (percussionistas de terreiro); o Egbe de Xangô, Sociedade dos Filhos de Xangô (Orixá que representa a Entidade) e o Imalê Mirim, a Ala infantil do afoxé. Destaca-se também a importância do Ilê Axé, templo religioso no qual acontecem todos os ritos ligados à religião negra. A entidade também desenvolve várias atividades comunitárias, educacionais e de preservação da cultura negra, participando de eventos
MÃE JANE DE EGUN NYTÁ
Jane tem 60 anos de vida. colares coloridos e brincos dourados. Maquiagem leve e batom vermelho. Linda! Mãe Jane, Cinqüenta anos de "santo" e um dos símbolos maiores dos Terreiros de Matriz Africana em Pernambuco. Filha de família católica, aluna de colégios de freiras, aos 8 anos diz que começou a receber as primeiras "manifestações". A repressão começou dentro de casa. A sua luta também, Mãe Jane falou de sua ideologia religiosa.. Falou dos seus deuses.
. Mãe Jane possui a 40 anos um Terreiro na Cidade Tabajara, em Olinda: o Ileaxéloya Egunyta. Em quatro décadas viu as mudanças na relação entre os Terreiros e a sociedade - sobretudo dentro das comunidades em que estão instalados. Hoje ela se divide entre religião, política e ações sociais e culturais. Participa ativamente de dezenas de movimentos. Recebe cestas básicas e leite do governo e tem o dever de distribuí-los entre outros centros religiosos. Dentro da sua casa, criou um núcleo de informática para capacitar jovens carentes. E ainda organiza campeonatos de futebol e festas folclóricas (como quadrilhas de São João) na comunidade. Todo esse trabalho tende a se intensificar com o Mapeamentos dos Terreiros, que vem sendo realizado pelo governo do estado - justamente para poder investir no potencial social desses locais. "Ainda assim, sou muito criticada. E ainda há muita repressão contra as religiões de matriz afriacana. Muitos católicos e evangélicos vão ao terreiro, mas não revelam. Como se estivessem fazendo algo errado", conta Mãe Jane.O sincretismo religioso - revelado por Jane - surgiu desde a época da escravidão. A aproximação com o catolicismo foi uma espécie de forma encontrada pelos escravos para resistir a perseguição.
RELIGIÕES DE MATRIZ AFRICANA
O conceito de negrofobia, utilizado para explicar um sentimento de temor no imaginário coletivo quando o assunto é religião africana, terreiros de candomblé, cultos de descarrego e outros temas relacionados, revelam um medo incontido das coisas negras, como algo misterioso e medonho. As pessoas alimentam estereótipos de coisas que não conhecem..
A apropriação de termos religiosos em canções populares, como a que ocorre na música Dandalunda, interpretada pela cantora Margareth Menezes, revelam uma nítida massificação do sagrado. Muita gente nem ao menos sabe o que significa dandalunda. O termo – um outro nome para Iemanjá, a mãe de todos os orixás – aparece no refrão da música: ‘dandalunda, maibanda, coque’.
TERREIROS DE CANDOMBLÉ – Taxar cultos negros como algo exótico é, para o educadores uma das idéias que mais agridem as manifestações religiosas de matrizes africanas. O terreiro de candomblé não é uma sala especial de museu, onde um turista pode participar das manifestações para experimentar a religião. Candomblé não é um espetáculo como, muitas vezes, fazem parecer.
Em Pernambuco está sendo feito um mapeamento dos terreiros de candomblé e umbanda para localizá-los para fortalecer a cultura afro e o governo do Estado que criou o CEPIR, está promovendo esse levantamento o que é importante porque muitas casas não têm a isenção fiscal que é de direito das instituições religiosas. O número de brasileiros que tem o candomblé como religião oficial é de mais de três milhões
Candomblé, umbanda e omolocô são religiões de matriz africana expressivas no Brasil, pouco se conheee sobre elas.
Há uma "endemonização" das manifestações que não sejam as oficiais "Não ser cristão nesse país é um peso muito grande" e o Brasil conta com a banalização do sagrado. "O meu sagrado é importante e o do outro não. Até que ponto o Estado contribui para reverter esse quadro."?
Os negros sempre sofreram com a intolerância religiosa porque o Brasil não assume o quanto é plural e diverso, No entanto, o quadro vem mudando, por influência do movimento negro. Hoje os negros não têm mais vergonha de usar suas contas; hoje o povo do santo está mais ereto, com a cabeça erguida
Alguns fatos têm contribuído para que as mudanças ocorram mais ràpidamente
Mobilização dos Religiosos afro-brasileiros e simpatizantes para um olhar mais sensível e atento para o ãmago da Religião africanista;
Valorização da tradição e história oral, preservando as riquezas culturais e a memória coletiva
Incentivo a Pesquisa e história de Lideranças afro-religiosas propiciando organização de acervo, sensibilizando educadores e/ou profissionais em educação para que incluam em projetos pedagógicos a temática etnico-racial religiosa;
Fortalecimento da auto-estima das crianças e adolescentes afr-desecendentes religiuosos, incntivando-os na busca do conhecimento de suas raízes.
Contribuir no processo de resgate de auto-estima e identidade do povo negro impondo barreiras frente a intolerãncia Religiosa e racial;
Respeito aos mais velhos, valorizando sua memória e sabedoria na preservação da cultura e história ancestral;
Consolidação dos terreiros como espaço de resistência, vida, saúde, acolhimento e cuidado com o outro, resgatando desta forma seu verdadeiro papel na sociedade.
No programa Liberdade de Expressão gravado dia 16 de maio de 2008, foi debatido o tema PERSPECTIVAS DE MUDANÇAS ATRAVÉS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS, com a presença do Produtor Cultural e Diretor da A-SIM, Astrogildo Santos, Secretário de Cultura do Município do Paulista, Fernando Pessoa, Secretário de Cultura do Recife, João Roberto Peixe e da Secretária de Cultura da Cidade de Olinda.
No Brasil a relação entre o Estado e a cultura tem uma longa história. Entretanto a elaboração de políticas para o setor, ou seja, a preocupação na preparação e realização de ações de maior alcance, com um caráter perene, datam do século XX e para mudar estruturas sociais, econômicas e políticas há que se mudar, antes de tudo, a prática humana. Mudando as pessoas muda-se a sociedade. Por isso, a cultura assume uma condição omportantíssimo no processo de mudança social. Qualquer que seja a perspectiva de mudança passará pela dimensão cultural. Assim, é forçoso reconhecer que a cultura assume categoria importante no desvendamento da organização social e dos padrões estabelecidos na sociedade. É difícil avançar na mudança estrutural sem que haja modificações nas práticas sociais de sujeitos e entre homens e mulheres. Na cultura política contemporânea, tomando-a como conjunto de crenças, atitudes e comportamentos, coexistem práticas tradicionais e inovadoras, evidenciadas a partir da realidade social e da relação entre a sociedade civil organizada e o Estado. .
Políticas públicas de cultura: um campo em construção Partindo de um conceito de cultura que englobe o conjunto dos saberes e dos fazeres a relação estado e cultura passa a estar presente no conjunto dos órgãos que compõem o governo. Logo, a elaboração de políticas deve partir da percepção da cultura como bem da coletividade e da observação da interferência nas práticas culturais enraizadas das ações levadas a cabo pelas mais diversas áreas governamentais (saúde, educação, meio-ambiente, planejamento urbano, entre outras). Durante muito tempo a ação do Estado ficou restrita a preservação daquilo que comporia o conjunto dos símbolos formadores da nacionalidade, tais como o patrimônio edificado e as obras artísticas ligadas à cultura erudita (composições, escritos, pinturas, esculturas, etc.). O papel de guardião da memória nacional englobava atribuições de manutenção de um conjunto restrito de manifestações artísticas. As manifestações populares deveriam ser registradas e resgatadas dentro do que poderia ser classificado como o folclore nacional. A partir da década de 1950 os organismos internacionais passam, gradativamente, a trabalhar com a noção de bens culturais, tornando usual a expressão patrimônio cultural. Em 1972, temos a Carta do México em defesa do Patrimônio cultural, que apresenta a definição de patrimônio como o “conjunto dos produtos artísticos, artesanais e técnicos, das expressões literárias, lingüísticas e musicais, dos usos e costumes de todos os povos e grupos étnicos do passado e do presente.” Também nesse momento, dentro da convenção da UNESCO, a Bolívia lidera um movimento pela realização de estudos que apontassem formas jurídicas de proteção às manifestações da cultura tradicional e popular . Surgem em 1989, as Recomendações sobre a Salvaguarda da Cultura Tradicional e Popular da UNESCO, um instrumento legal que fornece elementos para a identificação, a preservação e a continuidade dessa forma de patrimônio. Em 2000, temos no Brasil, a criação do Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial, dando início ao processo de efetivação de um campo específico de atuação dentro da área de preservação de patrimônio. Em 2005, a Unesco propôs a adoção da Convenção para a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais, conhecida por Convenção da Diversidade. Seu texto reafirma as relações entre cultura e desenvolvimento procurando criar uma nova plataforma para a cooperação internacional. Um dos seus aspectos mais destacados é a reafirmação da soberania dos países para elaborar suas políticas culturais, tendo em vista a proteção e promoção da diversidade das expressões culturais, buscando criar condições para que as culturas floresçam e interajam com liberdade de uma forma que beneficie mutuamente as partes envolvidas. Depois de ratificada pelos países membros da Unesco a Convenção entra em vigor em março de 2007. Em termos gerais podemos dizer que os primeiros quatro anos de gestão do Ministro Gil foram de construção real de um Ministério da Cultura. Desde a criação em 1985, o órgão passou por uma série de crises e processos de descontinuidade. A gestão do Ministro Weffort (oito anos) foi acompanhada por uma política de Estado mínimo, o que para um ministério que mal havia sido recriado trouxe enormes dificuldades operacionais. Ao terminar tal gestão o Minc tinha como principal atividade aprovar os processos que seriam financiados através da Lei de Incentivo à Cultura. No primeiro ano da gestão do Ministro Gil, foi elaborado um plano de ampla reformulação da estrutura do Minc. Logo de início foram previstas alterações radicais na lei de incentivo. Antes de implementar as mudanças, o Ministério realizou uma série de consultas e fóruns com participação de diversos segmentos da área artística e da sociedade em geral, onde ficaram evidenciadas tanto as distorções acarretadas pela forma da aplicação da lei, quanto sua extrema importância para o setor artístico-cultural. Estavam abertos os primeiros canais de diálogo entre o Minc e a sociedade civil. Internamente foi planejada a criação de secretarias, buscando uma racionalização do trabalho que levasse a uma definição do papel do próprio Ministério dentro do sistema de governo. Foram criadas as secretarias de Políticas Culturais, de Articulação Institucional, da Identidade e da Diversidade Cultural, de Programas e Projetos Culturais e a de Fomento a Cultura. Estava formada uma nova estrutura administrativa para dar suporte à elaboração de novos projetos, ações e de políticas.
Desafios para o processo de implementação de política culturais Uma política cultural atualizada deve reconhecer a existência da diversidade de públicos, com as visões e interesses diferenciados que compõem a contemporaneidade. No caso brasileiro, temos a premência de reverter o processo de exclusão, da maior parcela do público, das oportunidades de consumo e de criação culturais. Nestor Canclini utiliza o conceito de hibridização cultural como uma ferramenta para demolir a concepção do mundo da cultura em três camadas: culta, popular e massiva. O conceito de hibridização abrange diversas mesclas interculturais, não apenas as raciais, que se costuma encaixar no termo mestiçagem, ou as preponderantemente religiosas, categorizadas enquanto sincretismos. A promoção de políticas de caráter mais universal tem como desafio, a questão de um processo de “desigualdade natural das necessidades culturais”.e é necessário ter cautela na aplicação mecânica e simplista de uma política de acesso.. Considerando que a aspiração à prática cultural varia como a prática cultural e que a necessidade cultural reduplica à medida que esta é satisfeita, a falta de prática é acompanhada pela ausência do sentimento dessa privação. A ação na área da cultura tem sido frequentemente vista através de uma visão limitada ao acontecimento episódico, ao evento, inclusive por muitos dos gestores da área pública. Qualquer processo de gestão requer diretrizes, planejamento, execução e avaliação de resultados, e com a cultura não ocorre diferente. Um dos grandes desafios da gestão pública da cultura na avaliação das ações implementadas tem relação com os objetivos e à multiplicidade de efeitos buscados ou por ele alcançados. As ações públicas têm que demonstrar minimamente coerência entre o que se diz buscar e as ações postas em prática. Não existe relação direta de causa e efeito no campo da ação cultural, o que torna complexa a avaliação. Parte das ações interagem com o campo das mentalidades, das práticas culturais enraizadas, necessitando de um tempo mais longo para gerarem resultados visíveis. Nesse caso o grande desafio é o de criar projetos que não sejam desmontados a cada nova administração, gerando um ciclo contínuo de desperdício de recursos e de trabalho. Um dos possíveis caminhos a serem seguidos nesse processo de construção de políticas de longo prazo é o do envolvimento dos agentes atingidos por tais políticas. O país vive hoje um movimento contínuo de construção de projetos coletivos de gestão pública nas mais variadas áreas. São cada vez mais atuantes os conselhos que contam com a participação efetiva da sociedade civil. Os produtores, os agentes, os gestores culturais, os artistas, o público em geral, também vêm buscando formas de participar e de interferir nos processos de decisões no campo das políticas públicas culturais. Ressurgem movimentos de valorização das manifestações culturais locais que incentivam tanto a redescoberta dos artistas da comunidade, como de novas formas de produção artístico-culturais. Aumentam as demandas por uma maior formação e especialização dos agentes culturais locais em todos os níveis, do artesão aos responsáveis pelas atividades burocráticas, que devem implementar seus projetos buscando uma autonomia cultural. A base de um novo modelo de gestão está no reconhecimento da diversidade cultural dos distintos agentes sociais e na criação de canais de participação democrática. A tendência mundial aponta para a necessidade de uma maior racionalidade do uso dos recursos, buscando obter ações ou produtos (um centro de cultura, um museu, uma biblioteca, um curso de formação) capazes de se transformar em multiplicadores desses ativos culturais. É a falência do modelo de uma política de pulverização de recursos, como foi o caso do Programa de Ação Cultural da década de 1970, que, mesmo cobrindo vastos espaços territoriais, não evitou a falta de integração entre eventos que foram percebidos e vivenciados de maneira isolada, ou seja, mobilizou uma grande soma de recursos com um resultado pequeno, mas que ainda vem sendo insistentemente utilizado por algumas administrações. No caso brasileiro, encontramos, nos diversos níveis de governo, órgãos responsáveis pela gestão cultural. Em todos eles estão presentes os problemas da carência de recursos. É fundamental definir as relações que podem e devem ser estabelecidas entre os vários órgãos públicos de gestão cultural nos níveis federal, estadual e municipal, e destes com outras áreas governamentais, com as instituições privadas e com a sociedade civil. Existe uma série de competências legais comuns entre a União, os estados e os municípios. Entre as quais podemos destacar a função de proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais e os sítios arqueológicos. Uma conseqüência visível disso é a da existência de uma série instituições como museus, centros culturais, galerias de arte, bibliotecas, teatros, etc., sob administração indistinta da União, dos Estados e dos municípios. Estas instituições possuem acervos similares e promovem, muitas vezes, atividades idênticas sem ao menos buscar uma integração, ou um planejamento partilhado. Não existem políticas nacionais, por exemplo, de gestão desses acervos. Não existe um lugar que centralize essas informações permitindo ao governo um real conhecimento da atual situação, subsídio indispensável para a elaboração de políticas. Há a necessidade de realizar algumas partilhas de tarefas entre os diversos níveis de governo, evitando duplicidades ou, ao contrário, omissão de ações, como comumente ocorre na área dos bens tombados. A diversidade cultural coloca em pauta a questão da democratização cultural. Um processo contínuo de democratização cultural deve estar baseado em uma visão de cultura como força social de interesse coletivo, que não pode ficar dependente das disposições do mercado. Numa democracia participativa a cultura deve ser encarada como expressão de cidadania, um dos objetivos de governo deve ser, então, o da promoção das formas culturais de todos os grupos sociais, segundo as necessidades e desejos de cada um, procurando incentivar a participação popular no processo de criação cultural, promovendo modos de autogestão das iniciativas culturais. A cidadania democrática e cultural contribui para a superação de desigualdades, para o reconhecimento das diferenças reais existentes entre os sujeitos em suas dimensões social e cultural. Ao valorizar as múltiplas práticas e demandas culturais, o Estado está permitindo a expressão da diversidade cultural. Questões presentes e desafios para o futuro Podemos afirmar que hoje duas questões centrais compõem a pauta das políticas de cultura: a da diversidade cultural e a da economia da cultura. As problemáticas que as envolve têm uma série de pontos interseccionados, alguns deles serão apresentados a seguir, acompanhados por possíveis formas de atuação na elaboração de políticas. O primeiro ponto é o da defesa da diversidade como elemento fundamental para a continuação da existência das próprias sociedades e que comporta como proposições de política: - Aquela que considera os vários aspectos da diversidade, não se contentando, por exemplo, com a mera preservação do variado como na construção de um enorme museu de “objetos” vivos, destinado ao prazer daqueles que são de fora daquela comunidade. - Promoção da diversidade como lugar de diálogo constante entre grupos e não como lugar da formação de grupos isolados. - Utilização da questão da diversidade como bandeira fundamental contra o processo de globalização uniformizadora. O segundo ponto é o de que é essencial a garantia e a defesa dos produtos e do mercado cultural, ou seja, é o que diz respeito a forma de ação do Estado sobre o mercado de bens culturais, regulando os excessos e que pode ter como objetivos principais: - Implementar ações que inibam a intervenção mercadológica devastadora (como, por exemplo, alterações de calendários e de tempo de duração) em festejos e celebrações tradicionais. - Desenvolver ações que elevem o grau de autonomia de decisão dos grupos envolvidos sobre os bens e serviços culturais. - Adotar medidas que garantam um tratamento diferenciado entre os produtos culturais e os mercantis. O terceiro ponto é o da implementação de uma maior abertura no intercâmbio cultural internacional. A manutenção da diversidade não implica na geração de um processo de isolamento cultural. Há a necessidade da realização de intercâmbios diversos, em condições equilibradas e não a submissão ao tipo de relação que vem sendo imposta pelo crescente processo de globalização. Para tanto podem ser elaboradas políticas que visem: - Apoiar ações pautadas em relações transnacionais, sem submissões ou dependências. - Criar políticas de defesa da circulação da produção cultural em níveis mundiais, elevando ao máximo a idéia de diversidade. - Ampliar o conceito de globalização, diferenciando-o da dominação cultural norteamericana. - Formular procedimentos que estimulem o efetivo cumprimento dos acordos internacionais no campo. - Implementar de ações que coloquem cada vez mais a cultura como um dos elementos centrais nos acordos internacionais. No quarto ponto está a necessidade de tratamento das manifestações culturais como parte do patrimônio de um povo, que deve ser protegido frente a ameaças de natureza diversa e que necessita de políticas que contribuam para a: - Elaboração de formas de ação quando por um motivo qualquer um grupo, tradição ou manifestação se veja ameaçado de desintegração e/ou desaparição. - Formulação procedimentos que recuperem a capacidade do Estado de regular, de proteger e fomentar a produção cultural. - Promoção de ações com a consciência de que cultivar a diversidade implica, sim, em abalar o conceito tradicional de nacionalidade. É necessário atualizar os marcos conceituais. O quinto ponto diz respeito à importância da integração das ações de maneira interministerial. A divisão das áreas em ministérios deveria ter a finalidade de aumentar a governabilidade e não de fracionar o Estado, dificultando sua ação. Este desafio está diretamente ligado a construção de novas práticas administrativas dentro do Estado, tais como a: - Criação de uma prática permanente de constituição de grupos interministeriais para atuação em políticas públicas, mesmo setoriais que, de alguma maneira, afetem a área da cultura. - Elaboração de ações políticas conjuntas com a área da educação. Uma questão que apresenta grandes desafios, também ligada ao relacionamento interministerial, é a da circulação de conteúdos culturais através dos meios de comunicação de massa. Um ponto fundamental dentro de um projeto que objetiva a democracia cultural é o do reconhecimento da importância que os meios de comunicação assumiram na constituição das sociedades modernas e a posição central que eles ocupam na atualidade. O debate sobre comunicação e cultura estrutura-se, além do mais, a partir da compreensão de que ambos são direitos humanos inalienáveis, e assim devem ser encarados por qualquer governo ou governante. A problemática que se coloca aqui é a da ampliação do nível de participação do conjunto da sociedade nos diversos níveis de gestão e de produção da cultura e nos canais de circulação dessa produção. A gestão atual do Minc realizou avanços significativos no sentido de colocar a cultura dentro da agenda política do governo, fez com que ela deixasse de ter um papel praticamente decorativo entre as políticas governamentais. Porém, novas questões se colocam. As reformas realizadas forneceram as condições mínimas de funcionamento para o Ministério. Estão abertos novos campos de atuação, nos quais os técnicos da área da cultura têm sido chamados para participar de alguns fóruns de decisão. O grande desafio é transformar esse complexo de ações em políticas que possam ter alguma garantia de continuidade nas próximas décadas. Foram estabelecidos canais de diálogos com as administrações municipais e estaduais, com o objetivo de criar um Sistema Nacional de Cultura. Nesse mesmo processo estão envolvidos representantes da área artístico-cultural e da sociedade civil em geral. A continuidade do processo implica em delimitação real de direitos e deveres de cada um dos grupos participantes, que devem se tornar parceiros e co-responsáveis. Outra questão prioritária é a da gestão da informação. A elaboração de políticas requer conhecimento sobre o tema. O planejamento demanda a existência de um mínimo de dados. A criação de um Sistema Nacional de Cultural é uma das possíveis formas de garantir as parcerias necessárias para a construção de um Sistema Nacional de Informações Culturais. A função da elaboração de políticas públicas na área de cultura deve ser a de garantir plenas condições de desenvolvimento da mesma. O Estado não deve ser um produtor de cultura, mas pode e deve ter a função de democratizar as áreas de produção, distribuição e consumo. Cultura é fator de desenvolvimento.
No programa Liberdade de Expressão gravado dia 16 de maio de 2008, foi debatido o tema PERSPECTIVAS DE MUDANÇAS ATRAVÉS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS, com a presença do Produtor Cultural e Diretor da A-SIM, Astrogildo Santos, Secretário de Cultura do Município do Paulista, Fernando Pessoa, Secretário de Cultura do Recife, João Roberto Peixe e da Secretária de Cultura da Cidade de Olinda.
No Brasil a relação entre o Estado e a cultura tem uma longa história. Entretanto a elaboração de políticas para o setor, ou seja, a preocupação na preparação e realização de ações de maior alcance, com um caráter perene, datam do século XX e para mudar estruturas sociais, econômicas e políticas há que se mudar, antes de tudo, a prática humana. Mudando as pessoas muda-se a sociedade. Por isso, a cultura assume uma condição omportantíssimo no processo de mudança social. Qualquer que seja a perspectiva de mudança passará pela dimensão cultural. Assim, é forçoso reconhecer que a cultura assume categoria importante no desvendamento da organização social e dos padrões estabelecidos na sociedade. É difícil avançar na mudança estrutural sem que haja modificações nas práticas sociais de sujeitos e entre homens e mulheres. Na cultura política contemporânea, tomando-a como conjunto de crenças, atitudes e comportamentos, coexistem práticas tradicionais e inovadoras, evidenciadas a partir da realidade social e da relação entre a sociedade civil organizada e o Estado. .
Políticas públicas de cultura: um campo em construção Partindo de um conceito de cultura que englobe o conjunto dos saberes e dos fazeres a relação estado e cultura passa a estar presente no conjunto dos órgãos que compõem o governo. Logo, a elaboração de políticas deve partir da percepção da cultura como bem da coletividade e da observação da interferência nas práticas culturais enraizadas das ações levadas a cabo pelas mais diversas áreas governamentais (saúde, educação, meio-ambiente, planejamento urbano, entre outras). Durante muito tempo a ação do Estado ficou restrita a preservação daquilo que comporia o conjunto dos símbolos formadores da nacionalidade, tais como o patrimônio edificado e as obras artísticas ligadas à cultura erudita (composições, escritos, pinturas, esculturas, etc.). O papel de guardião da memória nacional englobava atribuições de manutenção de um conjunto restrito de manifestações artísticas. As manifestações populares deveriam ser registradas e resgatadas dentro do que poderia ser classificado como o folclore nacional. A partir da década de 1950 os organismos internacionais passam, gradativamente, a trabalhar com a noção de bens culturais, tornando usual a expressão patrimônio cultural. Em 1972, temos a Carta do México em defesa do Patrimônio cultural, que apresenta a definição de patrimônio como o “conjunto dos produtos artísticos, artesanais e técnicos, das expressões literárias, lingüísticas e musicais, dos usos e costumes de todos os povos e grupos étnicos do passado e do presente.” Também nesse momento, dentro da convenção da UNESCO, a Bolívia lidera um movimento pela realização de estudos que apontassem formas jurídicas de proteção às manifestações da cultura tradicional e popular . Surgem em 1989, as Recomendações sobre a Salvaguarda da Cultura Tradicional e Popular da UNESCO, um instrumento legal que fornece elementos para a identificação, a preservação e a continuidade dessa forma de patrimônio. Em 2000, temos no Brasil, a criação do Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial, dando início ao processo de efetivação de um campo específico de atuação dentro da área de preservação de patrimônio. Em 2005, a Unesco propôs a adoção da Convenção para a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais, conhecida por Convenção da Diversidade. Seu texto reafirma as relações entre cultura e desenvolvimento procurando criar uma nova plataforma para a cooperação internacional. Um dos seus aspectos mais destacados é a reafirmação da soberania dos países para elaborar suas políticas culturais, tendo em vista a proteção e promoção da diversidade das expressões culturais, buscando criar condições para que as culturas floresçam e interajam com liberdade de uma forma que beneficie mutuamente as partes envolvidas. Depois de ratificada pelos países membros da Unesco a Convenção entra em vigor em março de 2007. Em termos gerais podemos dizer que os primeiros quatro anos de gestão do Ministro Gil foram de construção real de um Ministério da Cultura. Desde a criação em 1985, o órgão passou por uma série de crises e processos de descontinuidade. A gestão do Ministro Weffort (oito anos) foi acompanhada por uma política de Estado mínimo, o que para um ministério que mal havia sido recriado trouxe enormes dificuldades operacionais. Ao terminar tal gestão o Minc tinha como principal atividade aprovar os processos que seriam financiados através da Lei de Incentivo à Cultura. No primeiro ano da gestão do Ministro Gil, foi elaborado um plano de ampla reformulação da estrutura do Minc. Logo de início foram previstas alterações radicais na lei de incentivo. Antes de implementar as mudanças, o Ministério realizou uma série de consultas e fóruns com participação de diversos segmentos da área artística e da sociedade em geral, onde ficaram evidenciadas tanto as distorções acarretadas pela forma da aplicação da lei, quanto sua extrema importância para o setor artístico-cultural. Estavam abertos os primeiros canais de diálogo entre o Minc e a sociedade civil. Internamente foi planejada a criação de secretarias, buscando uma racionalização do trabalho que levasse a uma definição do papel do próprio Ministério dentro do sistema de governo. Foram criadas as secretarias de Políticas Culturais, de Articulação Institucional, da Identidade e da Diversidade Cultural, de Programas e Projetos Culturais e a de Fomento a Cultura. Estava formada uma nova estrutura administrativa para dar suporte à elaboração de novos projetos, ações e de políticas.
Desafios para o processo de implementação de política culturais Uma política cultural atualizada deve reconhecer a existência da diversidade de públicos, com as visões e interesses diferenciados que compõem a contemporaneidade. No caso brasileiro, temos a premência de reverter o processo de exclusão, da maior parcela do público, das oportunidades de consumo e de criação culturais. Nestor Canclini utiliza o conceito de hibridização cultural como uma ferramenta para demolir a concepção do mundo da cultura em três camadas: culta, popular e massiva. O conceito de hibridização abrange diversas mesclas interculturais, não apenas as raciais, que se costuma encaixar no termo mestiçagem, ou as preponderantemente religiosas, categorizadas enquanto sincretismos. A promoção de políticas de caráter mais universal tem como desafio, a questão de um processo de “desigualdade natural das necessidades culturais”.e é necessário ter cautela na aplicação mecânica e simplista de uma política de acesso.. Considerando que a aspiração à prática cultural varia como a prática cultural e que a necessidade cultural reduplica à medida que esta é satisfeita, a falta de prática é acompanhada pela ausência do sentimento dessa privação. A ação na área da cultura tem sido frequentemente vista através de uma visão limitada ao acontecimento episódico, ao evento, inclusive por muitos dos gestores da área pública. Qualquer processo de gestão requer diretrizes, planejamento, execução e avaliação de resultados, e com a cultura não ocorre diferente. Um dos grandes desafios da gestão pública da cultura na avaliação das ações implementadas tem relação com os objetivos e à multiplicidade de efeitos buscados ou por ele alcançados. As ações públicas têm que demonstrar minimamente coerência entre o que se diz buscar e as ações postas em prática. Não existe relação direta de causa e efeito no campo da ação cultural, o que torna complexa a avaliação. Parte das ações interagem com o campo das mentalidades, das práticas culturais enraizadas, necessitando de um tempo mais longo para gerarem resultados visíveis. Nesse caso o grande desafio é o de criar projetos que não sejam desmontados a cada nova administração, gerando um ciclo contínuo de desperdício de recursos e de trabalho. Um dos possíveis caminhos a serem seguidos nesse processo de construção de políticas de longo prazo é o do envolvimento dos agentes atingidos por tais políticas. O país vive hoje um movimento contínuo de construção de projetos coletivos de gestão pública nas mais variadas áreas. São cada vez mais atuantes os conselhos que contam com a participação efetiva da sociedade civil. Os produtores, os agentes, os gestores culturais, os artistas, o público em geral, também vêm buscando formas de participar e de interferir nos processos de decisões no campo das políticas públicas culturais. Ressurgem movimentos de valorização das manifestações culturais locais que incentivam tanto a redescoberta dos artistas da comunidade, como de novas formas de produção artístico-culturais. Aumentam as demandas por uma maior formação e especialização dos agentes culturais locais em todos os níveis, do artesão aos responsáveis pelas atividades burocráticas, que devem implementar seus projetos buscando uma autonomia cultural. A base de um novo modelo de gestão está no reconhecimento da diversidade cultural dos distintos agentes sociais e na criação de canais de participação democrática. A tendência mundial aponta para a necessidade de uma maior racionalidade do uso dos recursos, buscando obter ações ou produtos (um centro de cultura, um museu, uma biblioteca, um curso de formação) capazes de se transformar em multiplicadores desses ativos culturais. É a falência do modelo de uma política de pulverização de recursos, como foi o caso do Programa de Ação Cultural da década de 1970, que, mesmo cobrindo vastos espaços territoriais, não evitou a falta de integração entre eventos que foram percebidos e vivenciados de maneira isolada, ou seja, mobilizou uma grande soma de recursos com um resultado pequeno, mas que ainda vem sendo insistentemente utilizado por algumas administrações. No caso brasileiro, encontramos, nos diversos níveis de governo, órgãos responsáveis pela gestão cultural. Em todos eles estão presentes os problemas da carência de recursos. É fundamental definir as relações que podem e devem ser estabelecidas entre os vários órgãos públicos de gestão cultural nos níveis federal, estadual e municipal, e destes com outras áreas governamentais, com as instituições privadas e com a sociedade civil. Existe uma série de competências legais comuns entre a União, os estados e os municípios. Entre as quais podemos destacar a função de proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais e os sítios arqueológicos. Uma conseqüência visível disso é a da existência de uma série instituições como museus, centros culturais, galerias de arte, bibliotecas, teatros, etc., sob administração indistinta da União, dos Estados e dos municípios. Estas instituições possuem acervos similares e promovem, muitas vezes, atividades idênticas sem ao menos buscar uma integração, ou um planejamento partilhado. Não existem políticas nacionais, por exemplo, de gestão desses acervos. Não existe um lugar que centralize essas informações permitindo ao governo um real conhecimento da atual situação, subsídio indispensável para a elaboração de políticas. Há a necessidade de realizar algumas partilhas de tarefas entre os diversos níveis de governo, evitando duplicidades ou, ao contrário, omissão de ações, como comumente ocorre na área dos bens tombados. A diversidade cultural coloca em pauta a questão da democratização cultural. Um processo contínuo de democratização cultural deve estar baseado em uma visão de cultura como força social de interesse coletivo, que não pode ficar dependente das disposições do mercado. Numa democracia participativa a cultura deve ser encarada como expressão de cidadania, um dos objetivos de governo deve ser, então, o da promoção das formas culturais de todos os grupos sociais, segundo as necessidades e desejos de cada um, procurando incentivar a participação popular no processo de criação cultural, promovendo modos de autogestão das iniciativas culturais. A cidadania democrática e cultural contribui para a superação de desigualdades, para o reconhecimento das diferenças reais existentes entre os sujeitos em suas dimensões social e cultural. Ao valorizar as múltiplas práticas e demandas culturais, o Estado está permitindo a expressão da diversidade cultural. Questões presentes e desafios para o futuro Podemos afirmar que hoje duas questões centrais compõem a pauta das políticas de cultura: a da diversidade cultural e a da economia da cultura. As problemáticas que as envolve têm uma série de pontos interseccionados, alguns deles serão apresentados a seguir, acompanhados por possíveis formas de atuação na elaboração de políticas. O primeiro ponto é o da defesa da diversidade como elemento fundamental para a continuação da existência das próprias sociedades e que comporta como proposições de política: - Aquela que considera os vários aspectos da diversidade, não se contentando, por exemplo, com a mera preservação do variado como na construção de um enorme museu de “objetos” vivos, destinado ao prazer daqueles que são de fora daquela comunidade. - Promoção da diversidade como lugar de diálogo constante entre grupos e não como lugar da formação de grupos isolados. - Utilização da questão da diversidade como bandeira fundamental contra o processo de globalização uniformizadora. O segundo ponto é o de que é essencial a garantia e a defesa dos produtos e do mercado cultural, ou seja, é o que diz respeito a forma de ação do Estado sobre o mercado de bens culturais, regulando os excessos e que pode ter como objetivos principais: - Implementar ações que inibam a intervenção mercadológica devastadora (como, por exemplo, alterações de calendários e de tempo de duração) em festejos e celebrações tradicionais. - Desenvolver ações que elevem o grau de autonomia de decisão dos grupos envolvidos sobre os bens e serviços culturais. - Adotar medidas que garantam um tratamento diferenciado entre os produtos culturais e os mercantis. O terceiro ponto é o da implementação de uma maior abertura no intercâmbio cultural internacional. A manutenção da diversidade não implica na geração de um processo de isolamento cultural. Há a necessidade da realização de intercâmbios diversos, em condições equilibradas e não a submissão ao tipo de relação que vem sendo imposta pelo crescente processo de globalização. Para tanto podem ser elaboradas políticas que visem: - Apoiar ações pautadas em relações transnacionais, sem submissões ou dependências. - Criar políticas de defesa da circulação da produção cultural em níveis mundiais, elevando ao máximo a idéia de diversidade. - Ampliar o conceito de globalização, diferenciando-o da dominação cultural norteamericana. - Formular procedimentos que estimulem o efetivo cumprimento dos acordos internacionais no campo. - Implementar de ações que coloquem cada vez mais a cultura como um dos elementos centrais nos acordos internacionais. No quarto ponto está a necessidade de tratamento das manifestações culturais como parte do patrimônio de um povo, que deve ser protegido frente a ameaças de natureza diversa e que necessita de políticas que contribuam para a: - Elaboração de formas de ação quando por um motivo qualquer um grupo, tradição ou manifestação se veja ameaçado de desintegração e/ou desaparição. - Formulação procedimentos que recuperem a capacidade do Estado de regular, de proteger e fomentar a produção cultural. - Promoção de ações com a consciência de que cultivar a diversidade implica, sim, em abalar o conceito tradicional de nacionalidade. É necessário atualizar os marcos conceituais. O quinto ponto diz respeito à importância da integração das ações de maneira interministerial. A divisão das áreas em ministérios deveria ter a finalidade de aumentar a governabilidade e não de fracionar o Estado, dificultando sua ação. Este desafio está diretamente ligado a construção de novas práticas administrativas dentro do Estado, tais como a: - Criação de uma prática permanente de constituição de grupos interministeriais para atuação em políticas públicas, mesmo setoriais que, de alguma maneira, afetem a área da cultura. - Elaboração de ações políticas conjuntas com a área da educação. Uma questão que apresenta grandes desafios, também ligada ao relacionamento interministerial, é a da circulação de conteúdos culturais através dos meios de comunicação de massa. Um ponto fundamental dentro de um projeto que objetiva a democracia cultural é o do reconhecimento da importância que os meios de comunicação assumiram na constituição das sociedades modernas e a posição central que eles ocupam na atualidade. O debate sobre comunicação e cultura estrutura-se, além do mais, a partir da compreensão de que ambos são direitos humanos inalienáveis, e assim devem ser encarados por qualquer governo ou governante. A problemática que se coloca aqui é a da ampliação do nível de participação do conjunto da sociedade nos diversos níveis de gestão e de produção da cultura e nos canais de circulação dessa produção. A gestão atual do Minc realizou avanços significativos no sentido de colocar a cultura dentro da agenda política do governo, fez com que ela deixasse de ter um papel praticamente decorativo entre as políticas governamentais. Porém, novas questões se colocam. As reformas realizadas forneceram as condições mínimas de funcionamento para o Ministério. Estão abertos novos campos de atuação, nos quais os técnicos da área da cultura têm sido chamados para participar de alguns fóruns de decisão. O grande desafio é transformar esse complexo de ações em políticas que possam ter alguma garantia de continuidade nas próximas décadas. Foram estabelecidos canais de diálogos com as administrações municipais e estaduais, com o objetivo de criar um Sistema Nacional de Cultura. Nesse mesmo processo estão envolvidos representantes da área artístico-cultural e da sociedade civil em geral. A continuidade do processo implica em delimitação real de direitos e deveres de cada um dos grupos participantes, que devem se tornar parceiros e co-responsáveis. Outra questão prioritária é a da gestão da informação. A elaboração de políticas requer conhecimento sobre o tema. O planejamento demanda a existência de um mínimo de dados. A criação de um Sistema Nacional de Cultural é uma das possíveis formas de garantir as parcerias necessárias para a construção de um Sistema Nacional de Informações Culturais. A função da elaboração de políticas públicas na área de cultura deve ser a de garantir plenas condições de desenvolvimento da mesma. O Estado não deve ser um produtor de cultura, mas pode e deve ter a função de democratizar as áreas de produção, distribuição e consumo. Cultura é fator de desenvolvimento.
Hoje, após 26 anos de trajetória, o Teatro de Bonecos Lobatinho-TBL- formou uma equipe de mamulengueiros, marionetistas, atores-dançarinos, iluminadores, sonoplastas, palhaços e recreadores e as duas filhas de José Dias, Nierge e Niedja dão seguimento à instituição, após o falecimento de José Dias.
As marionetes de fios foi a origem, mas atualmente todas as outrs modalidades de bonecos são bem vindas e aperfeiçoadas. A sede de recriação é constante e p grupo não desanima com a ausencia de qualquer incentivo financeiro. A montagem e encenação de peças educativas para os diversos temas que surgem, também é outra marca do grupo. Buscando sempre, nos assuntos atuais de interesse público, levar informação de forma lúdica e de fácil acesso para as camadas mais carentes. O grupo tem sede própria, inaugurada desde junho de 1979, num esáço de 5.000 m2, um verdadeiro castelo da imaginação, onde são confeccionados bonecos animados, bonecos gigantes, brindes artesanais e mascotes.
Rua Canapi, 134 - Vaso da Gama - Recife - Pe CEP 52081-091 e fone 81 32684002
site> http://www.teatrolobatinho.multuply.com/
e-mail: teatrolobatinho@ig.com.br
Mamulengo Só-Riso? ganha prêmio instituído pelo Banco Mundial
O Projeto "Mamulengo: O Boneco na Cidadania Brasileira" foi uma das 26 experiências sociais inovadoras premiadas pelo Banco Mundial e o Programa Comunidade Ativa. O Projeto, desenvolvido em dois municípios pernambucanos - Olinda e Glória do Goitá -, está mudando a realidade de cerca de 50 pessoas, entre homens, mulheres e jovens residentes em favelas, com oportunidades restritas de acesso ao mercado de trabalho e de geração de renda.
Além de preservar o artesanato dos bonecos como um objeto de expressão cultural significativo da região e do país, o Projeto está estimulando os mestres mamulengueiros a repassarem seus conhecimentos às novas gerações.
Implantado em novembro de 2001, em parceria com o Sebrae, a Caixa Econômica Federal e as prefeituras de Olinda e Glória do Goitá, o "Mamulengo" integra o conjunto dos 57 projetos do Programa ArteSol?, desenvolvido pelo Centro de Produção Cultural Só-Riso?. Os municípios Olinda e Glória do Goitá estão localizados, respectivamente, na região metropolitana e na zona da mata do estado.
PRÊMIO BANCO MUNDIAL DE CIDADANIACriado este ano, o Prêmio Banco Mundial de Cidadania concedeu um montante de 285 mil dólares a ONGs que vêm desenvolvendo projetos de inclusão social, desenvolvimento sustentável e democratização do conhecimento. O Projeto "Mamulengo: O Boneco na Cidadania Brasileira" recebeu no dia 13 de junho, em Brasília, 15 mil dólares.
Instituído pelo Banco Mundial em parceria com o Programa Comunidade Ativa e várias outras instituições, o Prêmio funciona como um instrumento de identificação, estímulo, apoio e difusão de iniciativas inovadoras que possam resultar no combate à pobreza e na melhoria da qualidade de vida da população brasileira.
A irreverência e a mão molenga do teatro de bonecos.
Uma gente surgida da madeira,da cabaça, do papel machê,ou da espuma de nylon.Um mundo onde tudo se resolve na pancadaria, seria o cúmulo da violência de um povo, se não fosse esse povo os bonecos do mamulengo, que cantam, dançam, conversam com a platéia e distribuem pauladas por todos os lados. "Haja pau", como diria o mestre José de Morais Pinho, no título de uma de suas peças de teatro para bonecos.O mestre Ginu, um dos mais respeitados mamulengueiros do Nordeste, sabia, com precisão, transfigurar os costumes populares da nossa região, no fantástico mundo da tenda, por onde passam os bonecos com doses de irreverência, de burlagem, moralismo e matreirice, ao mesmo tempo ingenuidade e paixão. Personagem famosa como a do Professor Tiridá, que normalmente chama a todos (personagens e espectadores) de meu compadre e minha comadre, vem delirando platéias com suas umbigadas, suas pauladas e a irresistível fama de conquistador, desde os tempos do Cheiroso, do mestre Ginu e hoje internacionalmente conhecido através do Mamulengo Só-Riso? de Olinda, onde abre os espetáculos como mestre de cerimônia. As mãos moles, molengas, como diz o matuto, originam a denominação de mamulengo ao teatro de bonecos, comumente apresentado em forma de luvas. Os bonecos de vara, os de fios (marionetes) e os de manipulação direta, são outras técnicas utilizadas para essa expressão de um povo em forma de bonecos. Um povo bravo, irreverente e safadoso. Nas décadas de 50 e 60, praticamente todo o Nordeste brasileiro se divertia diante dos bonecos que surgiam por trás do pano esticado, nas feiras, nos pátios de colégios, nas tradicionais festas de rua, nos terreiros das casas grandes de engenho, assim como nas residências de pessoas humildes, que juntavam os vizinhos em suas salas para assistirem aos bonecos.A freqüência dessas apresentações residenciais, sempre foi maior na zona rural, ficando nas cidades a preferência pelas feiras e praças, sendo essa última muito utilizada na festa do padroeiro, no seu lado profano.
Hoje, na cidade do Recife, as apresentações do teatro de bonecos ficam praticamente restritas a colégios, aniversários de crianças em clubes fechados e campanhas publicitárias dos órgãos oficiais de saúde e educação. Grupos como Lobatinho, Gestus e Bonecarte são os mais atuantes da área metropolitana do Recife. E o Mamulengo Só-Riso?, um dos mais famosos do Brasil, possui em Olinda o seu monumental teatro onde realiza cursos, apresentações e encontros de teatro de bonecos do Brasil e do exterior.
Grupo GESTUSNo interior do estado, as apresentações de mamulengueiros são esporádicas, tornando-se ainda mais raras, depois da expansão da luz elétrica no campo e nos vilarejos, onde as atenções estão voltadas para a televisão, tornando o "brinquedo" do boneco coisa do passado. O saudoso Mestre Solon reunia adultos e crianças diante do seu Invenção Brasileira, a gargalhar de tiradas como essa do espetáculo "Passagem do Padre": Simão - Me diga uma coisa, seu padre. Você batiza homem casado por quanto?Padre - Eu batizo por 10 cruzeiros.Simão - Mulé casada?Padre - Por cinco.Simão - E rapaz sortero?Padre - Por 30.Simão - Moça sortera?Padre - Moça sortera? é de graça.Simão - Isso é um padre safado.Padre - Oi filho, não me chame nome não.Simão - Eu tô chamando nome a você, cachorro da mulesta (bate no padre e a platéia ri). São espetáculos com essa linhagem, feitos por gente simples, sem recursos monetários, nas condições técnicas das mais precárias, porém, com uma criatividade inigualável e uma comunicabilidade imbatível, que identificam a essência de um teatro verdadeiramente popular, norteando artistas de mais instrução e melhores condições materiais dos dias de hoje, na construção dos seus próprios caminhos, trilhando os exemplos que seus mestres deixaram. E preocupados com a história desses mestres, o Museu Espaço Tiridá e o Teatro Mamulengo Só-Riso?, em Olinda, contribuem para a manutenção dessa arte e a preservação dessa cultura cênica, autenticamente teatral e popular.
Dona do maior carnaval do mundo, as ladeiras de Olinda enchem-se de fantasias e cores durante os quatro dias de folia. Com o título de Patrimônio Mundial da Humanidade e berço da cultura brasileira, Olinda é pura beleza e arte nas ruas de seu sítio histórico, inspiração para vários artistas plásticos que escolheram a cidade para montarem ateliês, galerias e museus. Foi a primeira capital de Pernambuco e deve ser também um dos primeiros lugares a serem visitados quando se chega ao Estado. Enfeitada por igrejas, seminários e casarios, a cidade atrai visitantes de todas as partes do mundo. Quem chega a Olinda se encanta. Para Marcus Aurélio, proprietário da Pousada dos 4 Cantos, Olinda é im shopping a céu aberto, que precisa de ações mais afirmativas para transformá-la em um ponto mais atrativo para o turista. Segundo ele, Olinda das ladeiras bucólicas e do turismo contemplativo, aunda não se apercebeu das belezas inesgotáveis, para transformá-la num ponto permanente para o turista que apenas passa, dentro de vans com vidros fechado, vêm-na e disparam para Recife, por falta de uma estrutura oficial para retê-los na cidade por mais tempo. Olinda não pode continuar sendo apenas para o Carnaval que a degrada, a destroi. Olinda precisa de ações que a integrem ao sistema que está sendo implantado no Estado
A inevitabilidade da televisão nas sociedades contemporâneas, sua influência sobre as crianças e as desesperadas - e por vezes ingênuas! - estratégias dos pais para protegê-las são com frequência alvo das preocupações de setores acadêmicos ou da imprensa. Atribuindo à TV uma ascendência frequentemente totalitária sobre as crianças, aqui e ali irão despontar análises de como as horas de exposição à telinha tornam as crianças vulneráveis ao consumo, aos conteúdos violentos, a uma formação emocional e sexual precoce e - mais grave - como, apontando para a criança, a TV está garantindo a perpetuação do sistema político e econômico hegemônico.
Em grande parte das famílias, são as crianças que ligam os aparelhos de TV, definem a programação que será assistida e até sua localização no espaço doméstico. Isso não significa, no entanto, que as pesquisas sobre televisão e criança dêem conta desta relação tão rica. Analisa-se a TV sob a perspectiva da vilania, mas as crianças, enquanto atores do processo receptivo, e os jogos que fazem com a TV, ficam de fora.
Em geral, a lógica dos meios é reforçada pelo suposto caráter eminentemente passivo da criança, que, por ser criança, não teria ainda o instrumental que lhe permitiria ser crítica, o que a tornaria necessariamente favorável às mensagens televisivas, uma vez que "somente a partir de uma postura crítica é possível absorvê-la a TV com isenção e perceber suas sutilezas, seus efeitos, suas possibilidades" Considerar a criança como criança, aqui, não é tomá-la em sua especificidade, mas como uma miniatura do mundo adulto.
Na realidade, podemos observar que as crianças vêem TV e nem discutem a informação. Recebem passivamente as mensagens sem analisar profundamente o que estão assistindo. Nem dizem se gostam ou não do que estão vendo. Ninguém comenta o que assiste. Simplesmente vêem e observam, consomem sem fazer uma análise. Muitas vezes as crianças se ‘desligam’ do mundo real e entram para o mundo da TV... Estão absortas no que a TV está ‘ordenando’... Esquecem o paladar como se a TV fosse um anestésico"
Ouvindo todos os debatedores, o Programa Liberdade de Expressão, chega a uma reflexão de que a TV é sim, formadora, moldadora, da criança e que é necessário uma vigilancia permanente deos pais e educadores, para que aquela programação que é pràticamente "engolida" pela criança seja pelo menos discutida, para que não hajam imposições de comportamentos, ideias, modismos, e outros tantos ismos que transformam a criança em pequenas miniaturas dos personagens televisivos, maioria das vezes em conivência com os pais.
Crianças são crianças hoje e esse tempo é bastante precioso para que seja adiantado e que elas sejam transformadas em pequenos clones de programas televisivos porque é asim que a mídia cria, patrocina e provoca essa visão de que as crianças são homens e mulheres em tamanho diminuto. Elas devem ser crianças hoje. O amanhã é uma construção
O PROGRAMA LIBERDADE DE EXPRESSÃO, apresentado pelo MIGUEL FARIAS, exibido na TV Pernambuco, recebeu a Mirtes Novaes, a Cyane Pacheco, o Jean Santos, o Ghuga Távora e a Marília Santos para uma conversa sobre tema COLETIVISMO ARTÍSTICO E TRANSFORMAÇÃO SOCIAL.
O fenômeno dos coletivos fervilha no Brasil já faz um bom tempo e não precisou da mídia para surgir e se disseminar. Os coletivos surgem, se desfazem, se mantém, se replicam, vão e voltam, de forma independente e espontânea e assim como a mídia voltou suas lentes para eles também se esquece rápido deles, mas eles estão por aí, atuando nas sombras, nas brechas ou na luz do dia.
Um ponto básico em se tratando de entender os coletivos brasileiros é sua freqüente atuação fora dos meios culturais institucionalizados, isto é, aqueles que na sociedade em geral validam o que pode ser tido como “arte” ou não. Cada vez mais, as ações destes grupos - sejam em trabalhos com comunidades sem-teto, em favelas, na mídia independente ou tática, na internet, nas ruas ou no mato, e até na privacidade da vida cotidiana, frente mesmo a uma platéia caseira, doméstica e reduzida - se diluem em atos efêmeros, inefáveis, ou pontuais e marcantes, de acordo com a filosofia própria de cada grupo, mas que supostamente questionam todo um circuito instituído de exposição-público-mercado.
Os coletivos são alheios a toda mega-estrutura, e normalmente atuam fora da curadoria e do olhar controlador das instituições, mais além das câmeras de vigilância, do ar condicionado e dos eventuais vigias, diretores e assessores de imprensa.
Sem sentido ou repletas deles, as ações dos coletivos brasileiros ainda parecem hesitar entre serem “artistas” ou mandarem a Arte para os ares. Mas o que ainda nos prende à Arte? Por que ainda usar este nome? Com que estranho fascínio Ela ainda acena para alguns? Fama, prestígio, dinheiro, cadernos culturais, o gênio criador? Se renunciar à “Arte” é difícil para alguns, é por que talvez ainda não se tenha entendido que a entrega à vida (ou à “realidade”, como alguns preferem chamar) não significa a nulificação do estético. Muito pelo contrário, o “artista” aqui é o pensador, o criador de estratégias de ação, o arquiteto de atos que vão reverberar – a intensidade desta reverberação é claro que dependerá dos meios, finalidade e impactos planejados – nesta mesma “realidade”. Daí então a importância do conceito, desta mesma herança conceitual de que parte da arte brasileira é tão rica, e que tem sido esquecida faz tempo.
O ofício de arquitetar, de calcular efeitos, de planejar ações como quem planeja uma campanha de marketing, uma invasão, um assalto ou uma festa-surpresa, de pensar nos mínimos detalhes, de aplicar seu virtuosismo e conhecimento estético em minúncias que às vezes podem fazer grande diferença, de pensar ações que fujam do óbvio por terem justamente sido pensadas e calculadas, é o que pesa.
Um conceito bem pensado e realizado pode dizer mil vezes mais que uma barulhenta passeata. Se criadores de agências de publicidade podem burilar conceitos a serviço de um sistema que usa a criatividade para vender sabão em pó, por que os coletivos de artistas não podem fazer uso de conceitos de uma forma tão ou mais inteligente que as tais “indústrias criativas”?
MYTES NOVAES - Produtora Cultural e representante do Projetos Outros. A Myrtes trata de captar recursos. Vida dura.......... Captar não é fácil, mas o pessoal do coletivo esbanja na criatividade.
A energia do cara é tão forte quanto os trabalhos que tivemos chance de ver nas páginas do mundo virtual.Procurem e vocês vão sacar o que estamos afirmando. Só vamos fornecer o blog do Célula Mater, porque vocês vão ter que procurar mais porque esse é o sentido do coletivo, portanto visita aí o http://www.celulamater.blogspot.com/ prá conferir.
MARÍLIA SANTOS é fotógrafa, publicitária e Imaginauta, figura de importância no contexto do Célula, presente em todas as ocasiões com sua fotografias que podem ser conferidas quando você clica no blog do pessoal.
O CélulaMATER vôou de Olinda e pousou na Rua da Glória, 310, no Bairro da Boa Vista. Vindo pela Casa Da Cultural, atravessa a Ponte Velha, depois a Rua da Aurora e segue na Rua Velha. Depois, pegar a primeira à esquerda, que é a Rua da Glória. A inauguração do CélulaMATER foi no dia 13 de maio, 2008
Dito D'oxossi, casado e sou muito feliz com a minha familia, musico, do Candomblé, coordenador geral da Entidade de Cultura Negra Afoxé Ylê de Egbá, é um Doté de 36 anos de santo, filho de osossi, com a Roça na comunidade do Alto José do Pinho, uma casa abençoada pelo meu pai Osossi, venho de uma tradição de um povo que tinha uma resistencia afro-brasileira muito forte, da cultura afro-religiosa do povo Egbá ao povo de Ketu e Angola, tambem no Mahi através do pai Tata Raminho de Osossi, - é lokoassi e sem duvida nenhuma, militante da comunidade das casas de matriz africana, sem medo e sem vergonha de dizer que ama a sua Religião. Nasceu e se criou, no Candomblé, e, segunde ele, não saberia viver sem seu povo e sem seu orixá;
Asé meus irmãos que vivem como ele para o orixá, que olorun abençoe a nós todos
é a saudação de Dito
O próprio teatro originou-se na rua, ou quase isso. O surgimento do teatro se dá no espaço público, e não se pode falar exatamente em rua, que ainda não existia, mas a grande verdade é que ele nasceu no seio da comunicade, antes mesmo do estabelecimentodo teatro grego.
O conceito de teatro de rua, é marcado por uma intenção explícita de criar encenações para serem apresentadas no espaço público. Essa é sua principal característica e os atores passam a impressão de terem encontrado o paraíso no teatro que fazem nas ruas ou em qualquer outro lugar onde a plateia seja formada pela diversidade humana, sem as divisões sociais que se pretende determinar. O maior e melhor ator ator do "teatrão", como é chamado o teatro de palco pelos atores do teatro de rua, pode quebrar a cara na rua. Para a rua tem que ter a química com a plateia diversa, que de alguma maneira intervém nas encenações, transformando-se em protagonistas.
Com as construções dos edifícios teatrais - casas de espetáculos das mais variadas formas e tamanhos, a rua concolidou-se como escolha e não como ausencia de alternativa, é bom que se deixe bem claro, até porque o compromisso dos que fazem teatro de rua é acima de tudo compromisso.
UM RESUMO DA HISTÓRIA DO TEATRO DE RUA
O primeiro registro de teatro de rua contemporâneo no Brasil data de 1946, uma iniciativa que envolveu nomes como Hermilo Borba Filho e Ariano Suassuna. A partir desse momento, a história de tal manifestação encontra parada obrigatória também em 1961, com a criação do Movimento de Cultura Popular (MPC), em Pernambuco – por Paulo Freire e o próprio Suassuna, entre outros –, e pelo surgimento, no mesmo ano, do Centro Popular de Cultura (CPC), da União Nacional dos Estudantes (UNE), no Rio de Janeiro, capitaneado por Oduvaldo Vianna Filho, o Vianninha.
Entre as influências na estética do teatro de rua, além da já citada commedia dell’arte, é forte a presença da exuberância visual do circo tradicional e a incomparável habilidade de comunicação de manifestações populares como o maracatu – folguedo nordestino, sobretudo da região de Pernambuco. “É possível usar várias formas de linguagem no teatro de rua”,
Os papéis de público e atores também sofrem interessantes mudanças no teatro de rua em relação ao encenado no edifício teatral. A ausência do palco aproxima os lados, enquanto o tom de constante intervenção permeia as apresentações. Afinal, se por um lado um espetáculo pode mexer com o cotidiano da cidade e seus transeuntes, por outro esses mesmos passantes podem – e vão – intervir nas cenas
Esse movimento, por sua vez, contribui para a relação do cidadão com a cidade, uma vez que, quando um indivíduo assiste a um espetáculo na praça, ele está também usufruindo um espaço público de convívio urbano. “Ou seja, é a convivência de todos numa praça ou mesmo nas ruas que faz com que elas sejam efetivamente de todos. E o teatro de rua é um dos instrumentos para isso.”
Anderson Guedes é o representante do Movimento de Teatro Popular e em nossas pesquisas para escrever sobre o MTP, encontramos um requerimento do Deputado Sérgio Leite, onde com muita propriedade é feita uma referência ao MTP, que traduz perfeitamente a importância desse movimento para fomentar a cultura no Estado de Pernambuco.
ESTADO DE PERNAMBUCOASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
Legislatura 16º Ano 2007
Requerimento Nº 1131/2007
Requeremos à Mesa, ouvido o Plenário e cumpridas as formalidades regimentais de que seja formulado, na Ata dos Trabalhos dessa conceituada Casa, Votos de Aplausos para o Movimento de Teatro Popular - MTP e Fundação de Cultura Cidade do Recife-FCCR, pela realização do 5o. Festival de Teatro de Rua, que aconteceu recentemente, fazendo com que os mais diversos bairros da cidade do Recife respirasse cultura durante alguns dias.Da decisão desta Casa, e do inteiro teor desta proposição, dê-se conhecimento ao Movimento de Teatro Popular, através do Sr. Anderson Guedes, com endereço a Rua dos Coelhos, 317 - Boa Vista, Recife - PE; ao Exmo. Prefeito da Cidade do Recife, Sr. João Paulo Lima e Silva, com endereço no Palácio Prefeito Antonio Farias, sito ao Cais do Apolo, 925 - 9o. andar - Bairro do Recife, Recife - PE. CEP 50030-230 e ao Presidente da FCCR, Sr Fernando Duarte, com endereço no Palácio Prefeito Antonio Farias, sito ao Cais do Apolo, 925 - 15o. andar - Bairro do Recife, Recife - PE. CEP 50030-230.
Justificativa
Esse Festival reúne o que se produz em todo o estado, do sertão ao litoral, além de trazer o que há de mais representativo na área de teatro de rua, para servir de modelo e de parâmetro para os produtores desse tipo de teatro daqui da região. Nesse período o movimento é incrementado com a realização de cursos e de oficinas de aperfeiçoamento, com o objetivo de aprimorar as técnicas de abordagem e de comunicação do teatro de rua, em busca de uma linguagem cênica que aproxime as pessoas do teatro que a elas é dirigido.Há de se registrar o esforço imenso que é feito pelo MTP e pela FCCR, com a finalidade de fazer com que a população mais carente, principalmente aquelas que habitam os morros e alagados, tenham a acesso a pelo menos um dos seus bens culturais: o teatro popular.Numa época de grandes dificuldades de produção, quando as regras de mercado apontam para um outro tipo de teatro, é louvável iniciativa como essa que permitem uma interlocução do povo com o seu teatro, fazendo um caminho inverso ao preconizado pelos agentes econômicos, resgatando as origens dessa arte milenar, que no seu nascedouro grego, dava ao povo o que a ele pertencia.Outro fator importante e digno de elogio é a preocupação que o movimento possui com as questões políticas e sociais, investindo no conteúdo das montagens, sem no entanto se despreocupar com a sua forma, utilizando os conhecimentos adquiridos para criar momentos de beleza, poesia e encantamento, sem no entanto se disvincular da realidade e da sua função principal.Pelo exposto, solicito aos deputados e deputadas, nobres companheiros e companheiras de labuta, que aprovem o presente requerimento por ser de fato justo e apropriado.
Sérgio LeiteDeputado?
O Professor Paulo Michellotto, da Universidade Federal de Pernambuco, é um dos grandes defebsores e incentivadores do Teatro de Rua e, segundo ele, é um tema que se encontra à margem dos estudos sobre o teatro brasileiro. A historiografia do teatro foi escrita basicamente a partir da dramaturgia e a cena, local do acontecimento teatral, foi renegada ao segundo plano. A ampliação de pesquisas sobre a cena, especialmente nos programas de pós-graduação, tem tentando repensar essa visão. Porém, o teatro de rua é um tema ainda carente de discussão e pesquisas. O preconceito e a falta de uma conceituação clara dessa modalidade teatral são alguns dos problemas encontrados pelo pesquisador que queira investigá-la.
Segundo Lucélia Albuquerque, o Teatro do Oprimido de Augusto Boal é uma metodologia teatral genuinamente brasileira, sistematizada pelo teatrólogo Augusto Boal, que estimula uma postura ativa e protagônica em seus praticantes e espectadores qundo estes são convidados a entrar em cena substituindo um personagem oprimido na situação que está sendo encenada e através da improvisação, uma característica do teatro de rua em geral, apresente alternativa que mude os rumos do acontecimento de opressão. O Teado do Oprimido estimula discussão de qualquer tema no qual exista um conflito claro e objetivo e o desejo e a necessidade de mudança.
No Teatro de Rua e no Teatro do Oprimido, em especícifico, o diálogo entre atores e espectadores é o primeiro passo para a resolução do assunto em discussão, pois aponta caminhos e alternativas, sem oferecer soluções extraordinárias nem mágicas para problemas concretos, mas é um instrumeneto lúdico, criativo e eficaz de estímulo à reflexão, ao diálogo e à elaboração de propostas.
Irineu Correia, do Teatro de Amadores de Pernambuco, um dos ícones da resistência do teatro na cidade de Olinda, um dos mais respeitados grupos teatrais daquela cidade, que atualmente e junto com os demais grupos de teatro têm enfrentado toda sorte de adversidades por falta de teatro para ensaios. O Teatro de Amadores de Olinda - TAO -, do qual o Irineu é representante, tem no seu currículo a apresentação de inúmeros espetáculos, entre eles: "Brincando em Cima daquilo" / "Ubu Rei (Pai Ubu e Mãe Ubu)" , A Cor da Exclusão, Teamu & Cia, Cantares do meu Povo, entre muitos outros e cujas apresentações ocorrem em sua maioria na cidade do Recife, que tem colaborado com o Teatro de Rua, já que em Olinda a situação é extremamente adversa.
Para Irineu, o Teatro de Rua é missão. Missão de poder levar a um público carente de teatro em suas comunidades e que de repente, além de assistir às apresentações, também podem se transformar em protagonistas, participando das cenas e contextualizando sua propria dramaticidade, com aquela que lhe está sendo apresentado sob forma de espetáculo.
Escutar os meninos do ARABIANDO é ter a certeza de que a música está na alma de cada um deles. Fui atrás de mais informações sobre eles e cheguei lá no Orkut onde encontrei exatamente o que precisava para colocar aqui no blog do Programa Liberdade de Expressão. "Tecendo com tradição e muita originalidade a música popular brasileira, o Arabiando desponta no cenário musical de Pernambuco com uma nova proposta artística: pesquisar novas sonoridades e difundir o choro pernambucano em todo o país. A qualidade sonora do Arabiando deve-se primeiramente à formação musical dos seus integrantes onde todos, sem exceção, estudaram no Conservatório Pernambucano de Música. Outro aspecto deve-se à improvisação e aos arranjos bem elaborados que têm lugar de destaque na história deste grupo.Toda essa combinação resulta numa musicalidade apurada aliada a uma performance impecável de jovens músicos pernambucanos. Aliás, jovens com uma média de idade de 25 anos, executando com habilidade excepcional, choros que vivenciaram com a velha guarda."
CONTATOS:Rodrigo Samico 55 81 9922 1188
E-mail: arabiando@hotmail.com
Site: http://www.arabiando.com/
Jô Maria 55 81 9244 9612
Mery Lemos 55 81 9614 5973vitroproducoes@yahoo.com.br
Platão disse uma vez que a música é “um instrumento educacional mais potente do que qualquer outro”. Agora os cientistas sabem por quê. A música, eles acreditam, treina o cérebro para formas superiores de raciocínio.`
Para debater sobre a MÚSICA: MUDANÇA E INCLUSÃO SOCIAL, foram convidados o Presidente do Conservatório Pernambucano de Música, Sidor Hulak, a Pianista e Profesora da Universidade Federal de Pernambuco, Helena Maibrada, a Psicóloga Conceição Vieira, do Centro de Reabilitação e Valorizaçao da Criança - CERVAC e o Maestro Ademir Araújo, da Orquestra Popular do Recife.
A música (do grego μουσική τέχνη - musiké téchne, a arte das musas) constitui-se basicamente de uma sucessão de sons e silêncio organizada ao longo do tempo. É considerada por diversos autores como uma prática cultural e humana. Actualmente não se conhece nenhuma civilização ou agrupamento que não possua manifestações musicais próprias. Embora nem sempre seja feita com esse objetivo, a música pode ser considerada como uma forma de arte, considerada por muitos como sua principal função. A música expandiu-se ao longo dos anos, e atualmente se encontra em diversas utilidades não só como arte, mas também como a militar, educacional ou terapeutica (musicoterapia). Além disso, tem presença central em diversas atividades coletivas, como os rituais religiosos, festas e funerais. Há evidências de que a música é conhecida e praticada desde a pré-história. Provavelmente a observação dos sons da natureza tenha despertado no homem, através do sentido auditivo, a necessidade ou vontade de uma actividade que se baseasse na organização de sons. Embora nenhum critério científico permita estabelecer seu desenvolvimento de forma precisa, a história da música confunde-se, com a própria história do desenvolvimento da inteligência e da cultura humanas. (wikipedia)
Sidor Hulak, Presidente do Conservatório Pernambucano de MúsicaCONSERVATÓRIO PERNAMBUCANO DE MÚSICA O CPM possui hoje cerca de 1.250 alunos, e um corpo docente formado por 95 professores. Funciona atualmente em dois prédios (sede e anexo), oferecendo cursos regulares (Iniciação Musical, Preparatório e Curso Técnico em Instrumento e Canto) e Cursos de Extensão. Promove, também, a reciclagem periódica dos seus mestres, com vistas à melhoria da qualidade de ensino. Numerosos eventos, com artistas de alto nível, são realizados em seu auditório, permitindo ao seu alunado assistir e participar de concertos, que, além de enriquecerem a vivência curricular, refinam o gosto musical dos jovens aprendizes dos mais variados instrumentos. O Conservatório Pernambucano de Música promove a reciclagem periódica de seus professores, eventos com artistas de alto nível. Av. João de Barros, 594Boa Vista Recife - PE Fone: (81) 3416.6400 E-mail: cpm@fisepe.pe.gov.brWeb site: http://www.conservatorio.pe.gov.br/ Heloisa Maibrada, pianista e professora de Universidade Federal de PernambucoO Departamento de Música desenvolve uma pesquisa sobre a importância da música no desenvolvimento integral da criança. Intitulado "Projeto Musiser", a pesquisa tem a coordenação da professora e pianista Heloisa Maibrada O Musiser visa a apresentar a música não apenas como um processo intelectual de aprendizagem musical e instrumental, mas como uma atividade criativa, dinamizadora do desenvolvimento de processos cognitivos, emocionais e psíquicos das crianças. A duração do projeto será de dois anos, sendo destinado a crianças na faixa dos 4 aos 6 anos de idade. O projeto Musiser baseia-se em dados relevantes que vêm sendo divulgados como resultado de pesquisas sobre a eficácia da atividade musical no processo cognitivo infantil. Dentre as diversas áreas e atividades estimuladas pela aprendizagem musical, destacam-se desenvolver a auto-expressão e o prazer criativo; desenvolver um sentido estético; facilitar o desenvolvimento motor e rítmico; promover a herança cultural, o desenvolvimento vocal e lingüístico e o desenvolvimento cognitivo e o pensamento abstrato; e ensinar habilidades sociais e de grupo. Para Heloisa Maibrada, quando a criança entra em contato com a música logo cedo, ela começa a exercitar as capacidades de ouvir, compreender e respeitar o outro, até porque a aprendizagem musical contribui para o desenvolvimento cognitivo, psicomotor, emocionaç e afetivo e, principalmente, para a construção de valores pessoais e sociais de crianças e de jovens. Conceição Vieira é psicóloga do Centro de Valorização da Criança - CERVAC.Segundo informação do Cervac, no Brasil, cerca de 25 milhões de pessoas possuem algum tipo de deficiência. Ou seja, para 15% da população o direito de ir e vir, entre outros, não está sendo cumprido. E não é preciso caminhar muito pelas ruas das cidades para se observar o quanto o país está distante dos ideais de inclusão social, entendendo-se inclusão como adequação da sociedade à pessoa, e não o contrário. Diante da falta de políticas públicas eficientes, seja no âmbito municipal, estadual ou federal, e serviços de competência, iniciativas comunitárias têm se tornado as principais responsáveis pelo atendimento às pessoas com deficiências, empreendendo soluções ousadas, inovadoras e de efetividade. Nesse contexto, situa-se o Centro de Reabilitação e Valorização da Criança - CERVAC, uma iniciativa essencialmente comunitária com atuação compreensiva e eficiente junto a pessoas com deficiências. Uma história que vem se construindo a partir da atitude decisiva de várias pessoas e do engajamento delas na luta por um mundo onde as diferenças sejam respeitadas e acolhidas.
O CERVAC tem como missão, a valorização de pessoas com deficiência, possibilitando seu desenvolvimento físico e mental, atuando nas áreas de prevenção, sensibilização e reabilitação, favorecendo sua inclusão social através da participação ativa em políticas públicas que lhes garantam melhor qualidade de vida. A musicalização e arte são utilizadas como forma de tornar mais lúdico o processo de reabilitação, o que resultou na criação da Banda FORÇA ESPECIAL, composta por crianças, adolescentes e jovens da própria instituição, tendo em seu currículo apresentações em diversos eventos de âmbito estadual e interestadual. Existe ainda, o grupo Arco Íris do Sonho, que realiza um trabalho de dança, que tem por objetivo promover a inclusão Social da Criança com deficiência junto à sociedade. A arte neste caso, propícia o desenvolvimento pleno do indivíduo nos aspectos cognitivo, psicomotor, social e afetivo. Por essa razão, está incluída na proposta pedagógica da Área de Educação do CERVAC, sendo útil como elemento facilitador da inclusão social das crianças, adolescentes e jovens atendidos pela instituição.
Rosélio Correia, diretor de operações da TV Pernambuco
Marco Antonio, conhece muito bem a magia de uma câmera
O Trio Sotaque é um grupo musical pernambucano com ênfase nos ritmos brasileiros tradicionais como o frevo, o baião e o choro. O Trio já coleciona várias turnês internacionais, participando de eventos em:Buenos Aires (Argentina), durante a FIT (Feira Internacional de turismo) em novembro / 2005.Lisboa (Portugal) – BTL (Bolsa de turismo de Lisboa), janeiro/2006.Madri (Espanha) - FiTur? (Feira internacional de turismo), janeiro/ 2006.Milão (Itália) - BIT (Bolsa internacional de turismo), fevereiro/2006.Madri (Espanha) - FiTur? (Feira internacional de turismo), fevereiro/ 2007.Berlim (Alemanha) – ITB (maior feira de turismo do mundo), março/2007.
Hoje, o Trio Sotaque apresenta um repertório amplo. Além de composições próprias, interpreta clássicos da música regional nordestina e da MPB.
http://www.lucianomagno.mus.br/
www.palcoprincipal.com/lucianoma
Música: Sotaque -
Autores: Luciano Magno e Fábio Valois
Trio Sotaque
Música: Relampejo
Autor:
Marcos Lima, braço direito e esquerdo de Madre Escobar no Arricirco
Ryan é Mágico ... , um Ilusionista, um cara que transforma coisas, dando a quase certeza de que alguma coisa aconteceu e nós, meros espectadores, não sabemos como. Aí sempre saímos das apresentações nos perguntando o que é Mágica?
Ilusionismo é a arte de entreter uma audiência criando ilusões que confundem e surpreendem, geralmente por darem a impressão de que algo impossível aconteceu, como se o mágico tivesse poderes sobrenaturais. No entanto, esta ilusão da magia é criada totalmente por meios naturais. Os praticantes desta actividade designam-se mágicos ou ilusionistas.
Um dos mais famosos praticantes desta arte foi Houdini, o "Rei das Fugas", que morreu devido à subita intervenção de um espectador num dos seus espectáculos. O mágico afirmava que poderia levar um forte soco no estômago e não sentiria dor, porém o espectador (que era um boxeador) socou-o antes que Harry Houdini estivesse preparado para a acção. Isso ocasionou um problema interno e o mágico foi internado no mesmo dia, mas acabou por falecer.
A arte mágica também é chamada de prestidigitação, pois é baseada fundamentalmente na presteza dos dedos do mágico em manipular os equipamentos e acessórios usados nos truques.
Madre Escobar, uma guerreira na defesa do Circo, falou da importância que na Europa se dá aos artistas circenses
Neste programa, para discussão sobre o tema Jornalismo Cultural, foram convidados o Escritor Raimundo Carrero, a Jornalista do JC Carol Almeida, editora assistente do Caderno Cultural, Alexandre Figuerôa, Professor da Uiversidade Católica de Pernambuco e Demir, produtor cultural.
Escritor Raimundo Carrero, Jornalista Carol Almeida, Miguel Farias, Alexandre Figuerôa e Demir
O jornalismo cultural ocupa um papel importante na imprensa brasileira. Na atualidade, além das secções destinadas ao comentário e à crítica da produção intelectual e artística que integram diversos veículos de grande circulação, existem os “cadernos de cultura”, também voltados para a cobertura noticiosa e para a análise dessas atividades O colunista Eduardo Piza diz que "a importância do jornalismo cultural está na forma como ele mexe com a opinião dos leitores, que estão sempre buscando um filtro seletivo para saber o que deve ler e assistir. Ele atrai e provoca o leitor. É nos cadernos culturais que se cria uma relação afetiva com o público".
Portanto, a responsabilidade do Jornalista Cultural é de informação e de formação de plateias, de leitores, de consumidores de arte em todos os sentidos e a credibilidade para isso depende exclusivamente da independência que ele tem ao direcionar suas críticas aos seus leitores.
Não se pode esquecer, que um espaço para o Jornalismo Cultural está postado no mundo virtual. A Blogosfera permite que se faça um trabalho independente dando mais peso à interpretação e à opinião, o que não quer dizer que notícias mais quentes, inadiáveis, devam ser deixadas de lado, sem deixar que a correria do dia-a-dia e a superficialidade tomem o espaço da análise, da crítica e do debate de idéias.
Num artigo de Adriano Schwartz, professor da USP, ele diz que "Quando o jornalista cultural critica um livro, significa que conhece a história do autor, procura saber como a obra foi feita e busca conexões com outras obras literárias. Há quem escreva para orientar o leitor, mas há quem faça isso para mostrar a própria inteligência ou para atacar inimigos e aplaudir amigos" e que "A vaidade pode ser mais forte que o interesse profissional, em muitos casos". Mas o que incomoda o crítico é o fato de jornais e revistas aceitarem passivamente certos lançamentos, sem fazer uma crítica mais profunda
O jornalista cultural deveria então, separar o joio do trigo – informar e, mais do que isso, formar o leitor, através de sua bagagem e de seu julgamento crítico. Infelizmente, porém, predomina hoje o jornalismo de agenda, onde as vedetes são os guias de fim de semana, e o modus operandi é o mesmo da divulgação publicitária.
Para o Demir, a crítica quando é positiva alegra e, se ao contrário, é cruel, mas ele ainda acha que seria muito pior se não fosse feita nenhuma alusão ao trabalho do artista.
A mesma opinião é da Cantora e Compositora Jacinta Pinheiro, que até pede que seu trabalho seja criticado com isenção, mas que seja feita de qualquer forma."O especialista arrogante, nesse cenário, perde espaço e o palpiteiro descompromissado ganha.”
“Ninguém ganha nada pelos partos. Eu mesmo preciso fazer outros trabalhos para conseguir o sustento da minha família,o que é injusto, porque o trabalho que desempenhamos é de grande responsabilidade, afinal de contas, são duas vidas em nossas mãos. Mas ser parteira é um dom, você não escolhe ser. É e pronto”, fala a Maria José.
Apesar do avanço da medicina e aperfeiçoamento de técnicas para deixar os partos cada vez mais confortáveis para as gestantes, as parteiras ainda são bastante solicitadas em diversas regiões do Brasil - principalmente no Norte e Nordeste. Em Pernambuco, existem 925 delas, realizando procedimentos tanto na zona urbana quanto rural. São 46 profissionais em áreas urbanas, 824 em rurais e 55 no campo e na cidade, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES). Ainda de acordo com a SES, no último levantamento sobre números de partos, em 2006, 119.495 bebês nasceram nas 258 unidades das 11 Gerências Regionais de Saúde (Geres) de Pernambuco. No mesmo ano, 1.287 nascimentos domiciliares foram notificados no Sistema Único de saúde (SUS) - acredita-se que a quantia é maior por conta da sub-notificação.
“Ninguém ganha nada pelos partos". Eu mesmo preciso fazer faxinas, lavar roupas e costurar por encomenda para conseguir o sustento da minha família. Algo injusto porque o trabalho que desempenhamos é de grande responsabilidade, afinal de contas, são duas vidas em nossas mãos. Mas ser parteira é um dom, você não escolhe ser. É e pronto”, define.
Médico faz alerta sobre riscos
Ter um bebê na rede privada, pública de saúde ou com uma parteira também depende de fatores como custo, distância entre a residência e a unidade de saúde mais próxima. De acordo com o presidente da Sociedade de Ginecologistas e Obstetras de Pernambuco e professor adjunto de Ciências Médicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Olímpio de Moraes Filho, um parto não deve ser feito simplesmente por escolha. “Se na região onde a mulher mora tem uma dessas unidades de saúde, ela deve ser conduzida para lá”, afirmou.
Segundo ele, cerca de 15% a 20% dos partos apresentam complicações e necessitam de intervenções médicas, além da aplicação de medicamentos para acelerar o trabalho de parto ou controlar hemorragias. “Nos casos de complicações, tempo é precioso, por isso o ideal é que ela esteja em um local equipado, que tenha o suporte necessário para essas eventualidades. Mas, lógico, que em situações onde a unidade de saúde mais próxima fica a quilômetros de distância, a única alternativa é procurar uma parteira”, completou. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, em 2006, 83 mulheres morreram após dar deram à luz no seu próprio domicílio. Em 2007, esse número caiu para 50.
REGULAMENTAÇÃO
Tramita na Câmara Federal um projeto de lei, número 2145/2007, de autoria da deputada Janete Capiberibe, que pretende regulamentar a profissão. Segundo a técnica da Área de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde, Daphne Rattner, a idéia surgiu em 2003, quando a parlamentar, envolvida com o trabalho realizado pelas parteiras no Amapá, elaborou um projeto e o enviou à Câmara. “Ele ficou parado porque a autora precisou se afastar do legislativo. Mas, no ano passado, retornou à Câmara”, explicou. De acordo com Daphne, em 2007, o documentou deve passar pelas comissões da Casa para ser aprovado. “Depois da aprovação, segue para o Senado”.
LEGALIZAÇÃO DA PROFISSÃO DAS PARTEIRAS!
Cais do Parto
Cais do Parto
Uma organização não-governamental que fundamenta-se na reforma sanitária, nos direitos humanos, nos direitos reprodutivos e no desenvolvimento sustentável, atuando nas áreas de saúde, gênero, cidadania, educação, ecologia e cultura. Mais informações: 81 34932366
Fanzine é uma abreviação de fanatic magazine, mais propriamente da aglutinação da última sílaba da palavra magazine (revista) com a sílaba inicial de fanatic.
Fanzine é, portanto, uma revista editada por um fan (fã, em português). Trata-se de uma publicação despretensiosa, eventualmente sofisticada no aspecto gráfico, dependendo do poder econômico do respectivo editor (faneditor). Na sua maioria é livre de preconceitos, e engloba todo o tipo de temas, com especial incidência em histórias em quadrinhos (banda desenhada),ficção científica,poesia,música, feminismo, vegetarianismo, veganismo, cinema, jogos de computador e vídeo-games, em padrões experimentais.
Também se dedica à publicação de estudos sobre esses e outros temas, pelo que o público interessado nestes fanzines é bastante diversificado no que se refere a idades, sendo errónea a ideia de que se destina apenas aos jovens, ainda que estes sejam concretamente os que mais fazem uso desse meio de comunicação.
Prova desta afirmação é a de que os primeiros fanzines europeus, especialmente franceses e portugueses, foram editados por adultos, dedicando-se ao estudo de históra em quadrinhos (banda desenhada). A sua origem vai encontrar-se nos Estados Unidos em 1929. Seu uso foi marcante na Europa, especialmente na França, durante os movimentos de contra-cultura, de 1968. Graças a esses movimentos, os fanzines são uma ferramenta amplamente difundida de comunicação impressa de baixos custos.
O SHURATO, fanzineiro de primeira, também faz parte da Livrinho de Papel Finíssimo
É relativamente antiga a tradição do humor e das artes gráficas em Pernambuco. Seu marco zero está precisamente no ano de 1831, quando veio às ruas o jornal satírico O Carcundão, como assinala matéria recente, na edição nº75 da Continente Multicultural. Fechando o foco para as últimas décadas, é possível listar nomes de diferentes vertentes ou escolas, como Conceição Cahú, RAL, Cavani Rosas, Luís Arrais, Laílson, Clériston, Marcelo Coutinho, Watson Portela e Paulo Santos. Todos têm trabalhos publicados em jornais e revistas comerciais, ou de forma independente nos projetos locais Paca Tatu, Folhetim Humorial, O Rei da Notícia e o Papa-Figo?, este último ainda circulando incólume pelo Recife. Nos anos 70 e 80, a grande referência para os desenhistas de humor era o tablóide carioca O Pasquim. "Foi o meu curso superior", diz RAL, fortemente inspirado nas estripulias gráficas de Henfil e sua turma, onde colaborou por muitos anos. ". Em 1998, o cenário ganhou novo fôlego com a criação do Festival Internacional de Humor e Quadrinhos, concebido e articulado até 2005 pelo cartunista Laílson de Holanda Cavalcanti. Ao mesmo tempo, pela primeira vez foi fundada uma organização de classe, a Associação dos Cartunistas Pernambucanos (Acape). Inspirados no barulho causado pela Ragú, e tendo como modelo editoras underground como a Rip Off Press , outro grupo criou a editora independente Livrinho de Papel Finíssimo, dedicada a publicar trabalhos autorais, geralmente sem espaço nos meios estritamente comerciais. Fabricados no processo de reprografia ou impressão digital, os títulos da Livrinho são vendidos de mão em mão, com o preço variando entre módicos R$ 3,00 e R$ 12,00. "Os autores entram com o papel, e a editora banca a impressão, edita, pagina e faz a diagramação", explica Camilo Maia, integrante do grupo ao lado de Shurato e outros.
(Continente Multicultural)
O inovaVOX.com é um blog e não tem um foco definido. Então as pessoas que visitam este blog são desfocadas. O inovaVOX.com foi criado por acaso. Deixe-me explicar: Caí na besteira de entrar em um Marketing de Rede chamado TelExtreme?, logo eu que sempre fui perseguidor desse tipo de coisa, mas tudo bem, essa não foi a única bobagem que fiz na minha vida. Bom, para vender os deserviços dessa “empresa” eu criei o inovaVOX.com. Depois de 20 dias como afiliado da TelExtreme? vi a furada que me meti e fiquei com este domínio sobrando. Mas o nome era bom, web 2.0 nada a ver, e eu não podia desperdiçar. Foi aí que fui convidado para criar e dar manutenção no blog do Sem Meias Palavras. Meu contato com blogs até então era mínimo e com o SMP comecei a me interessar… foi aí que criei meu blog e aproveitei para chamá-lo de inovaVOX.com, já que eu tinha o domínio.
No final das contas, acho que inovaVOX.com tem tudo a ver com este blog. INOVA de inovação e VOX, palavra em latin que quer dizer “voz” (e é, é?!?!?). Pode não ser nada novo dizer que o Lula não tem um dos dedos da mão, mas dizer sob minha ótica sim, é algo novo, ele é um desdedado. Por isso os blogs me encantam, pela possibilidade de ler uma mesma notícia com uma visão pessoal dos fatos. Mas não sei se este é um blog de humor, acho que não, aqui tem mais uma ruma de coisas sem graça, mas que dependendo do seu bom humor, poderá ser, no mínimo, divertido ler. (extraído do blog do Sampson, claro!)
Este é o Sampson, segundo ele. Bonitinho não?
http://inovavox.blogueisso.com/?page_id=2
Seu Paulo é um personagem criado pelo jovem pernambucano Belenos Govannon para um trabalho que envolvia a elaboração de um jornal fictício. No início de 2006, resolveu tirar tudo do papel e passar para um blog, ferramenta que já utilizava há dois anos, mas só em setembro de 2007 que surgia, de fato, a "Folha de Seu Paulo", um blog de variedades que segue a linha do "freak news" e se utiliza do humor ácido para passar as mais diversas informações. Ou quase isso.
Interesses: Jornalismo Blogosfera internet tecnologia televisão política Fórmula 1 humor café
Livros favoritos: Bestirário da Imprensa A Arte de Fazer um Jornal Diário
O Belenos, parece tímido, mas faz um blog jornalístico, ou quase, com a difícil missão de mostrar os fatos mais relevantes de um ponto de vista bem humorado. Conta, além de notícias, com colunas, charges, vídeos e temas que vão de televisão à tecnologia. Tudo isso e mais um blogueiro nada sério.Atualizações todos os dias, de segunda à sexta, e nos finais de semana, se o fato exigir.
http://www.folhadeseupaulo.com/
Lógico, que aproveitei o Folha de Seu Paulo prá dar um ctrl c e passar as informações do Belenos para nosso blog.
http://www.folhadeseupaulo.com/
NOSSA ATRAÇÃO MUSICAL FOI A BANDA PARABELO
..."música nordestina, brasileira, rural e urbana, confluência cultural metropolitana"...O "Parabelo" vem da arma cangaceira típica do interior do Nordeste, cuja alcunha descende do parabelum, pistola alemã, e além de dar nome à banda é também título do primeiro CD (2007) com a participação especial do músico Carlinhos Lua (flauta e sax). Trabalho idealizado e produzido pela banda, da gravação a capa artesanal!Cecília Arruda (vocal), Felipe Pinto (violão), Luiz Henrique (violão e vocal), Marcos Henrique (baixo) Rivelly Albuquerque (percussão), Dhiogo rezende (percussão) Tiago Rocha (percussão) e Gabriel Rego (percussão). A produtora é a Tereza e todos trazem suas vivencias individuais para o universo temático e para a sonoridade da banda.
A transformação do distrito de Serra dos Ventos (Pernambuco) em um ponto de produção de artesanato é o objetivo do projeto Estado da Arte. Coordenado pela artista plástica Ana Veloso.
O material utilizado nas produções é simples e abundante na região. Barro, semente de mulungu, buchas de rama, pó de cana brava, cipó, saco de cimento, casca de ovo e raspa de couro dão origem a caixas, colares, pratos, gravuras, tapetes, assentos, molduras, bolsas, porta-retratos e diversos utilitários.Participam do projeto aproximadamente 150 alunos e a idéia é ampliar esse número para a comunidade. São duas turmas, uma para adultos e outra para crianças e a coordenadora procura sempre convidar artistas plásticos experientes para dinamizar as oficinas e trazer novos ensinamentos.
Após finalizado, o produto segue para o Centro de Artesanato Tareco & Mariola, localizado no município Belo Jardim. Lá, as peças são compradas por turistas e habitantes da região, gerando renda aos produtores.
SUPERINTENDENTE DO CENTRO PERNAMBUCANO DE DESIGN LUCIENE TORRES
O Centro Pernambucano de Design é uma Associação formada com o objetivo de promover e articular atividades de design no Estado. Surgiu através de ações do SEBRAE em parceria com SECTMA, AD-DIPER, SENAC, SENAI, SIDIVEST, SINDMÓVEIS, FUNDARPE, FIEPE, ETEPAM e APD/PE, para fortalecer Micro e Pequenas Empresas, utilizando design como ferramenta estratégica.
O Centro Pernambucano de design desenvolve Projetos nas áreas de Design de Produto, Gráfico, Moda, Artesanato e Embalagem, nos seguintes segmentos, Diagnóstico da Produção Artesanal, Criação de Moda, Modelagem, Projeto de produto, Projeto para Eventos, Instalações Comerciais e Industriais, Identidade Visual, Manipulação de imagem, Web Design, Diagramação, Editorial, Sinalização e Criação de nome e ainda Consultoria e Banco de Dados com formatação de Cadastros de Designers, Cadastros de Empresas, Cadastro de Artesãos e Cadastro de profissionais de áreas afins.
O Imaginário Pernambucano é um projeto de extensão da UFPE, que tem como objetivo potencializar os valores das comunidades produtoras de artesanato, promover o associativismo e possibilitar que a atividade se firme enquanto meio de vida sustentável.Em 2001, o projeto teve como primeiro desafio atuar na comunidade quilombola de Conceição das Crioulas. A ação foi pautada na valorização da cultura, na identificação das potencialidades da região e no reconhecimento das habilidades e competências de seus moradores.
Por meio de oficinas e consultorias, artesãs e artesãos encontram suporte para otimizar a produção, melhorar a qualidade e desenvolver novas linhas de produto. O projeto também promove a divulgação e a comercialização do artesanato. A metodologia multidisciplinar do Imaginário Pernambucano, aplicada por profissionais, professores e estudantes de diversas áreas, gera estratégias capazes de promover a inclusão social.
O Projeto Promoção e Fortalecimento do Artesanato Pernambucano tem como público-alvo artesãos localizados nos municípios pólo do artesanato e Zona da Mata. O grande objetivo do projeto é promover a competitividade do setor, a partir de ações integradas com vistas à organização da produção, melhoria da qualidade dos produtos e inserção em novos mercados.
O fortalecimento das Associações de Artesãos é um dos grandes desafios do projeto que também pretende valorizar a produção artesã, agregando valor ao turismo da região. Os resultados esperados com esse fortalecimento são aumentar em 20% o faturamento dos produtos artesanais dos grupos atendidos .
No âmbito da gestão, o projeto realiza consultorias para a implantação de sistemas adequados de gestão de custos e formação de preços, de Grupos produtivos, além do mapeamento de mercado, um estudo para sondagem de mercado identificando suas potencialidades, com objetivo de ampliar as vendas, sistematizando as informações.
Design e identidade cultural no artesanato