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TERAPIAS COMPLEMENTARES

O Programa Liberdade de Expressão, gravado dia 12 de junho de 2008, Miguel Farias debateu sobre TERAPIAS COMPLEMENTARES. Na mesa, Dr. Paulo Marques, terapeuta de Vivências Passadas e Dr. Ricardo Costa, acupunturista e homeoterapeuta.



Miguel Farias iniciou a conversa, fazendo uma reflexão sobre o corpo humano, que possui partes que interagem entre elas e com tudo funcionando harmonicamente, para termos o que se chama vida. Falou também sobre as especializações que estão pouco a pouco desumanizando um setor que deveria ser o mais interessado em entender o homem em sua diversidade.A enfermidade humana surgiu com a aparição do homem sobre a terra, assim como a necessidade de combatê-la. É comprovado que doenças que ainda hoje afetam a humanidade, levando até a morte, têm as características descritas por antigas civilizações como, por exemplo, os egípcios, há dezenas de séculos atrás.
De acordo com Landmann, Hipócrates, o pai da Medicina, definia saúde como o estado de harmonia do homem com a natureza, o equilíbrio entre os diferentes componentes do organismo entre si e com o meio ambiente. Saúde e doença dependiam de uma perfeita interação da mente com o corpo e do homem com o meio onde ele vivia.

Na Idade Média, com a concepção da Igreja de que Deus era o responsável pela ordem natural e social e que a doença era um castigo pelos pecados cometidos, o conceito hipocrático de saúde e doença foi esquecido e ao médico foi limitado o cuidado do corpo, para aliviar o sofrimento.
O Renascimento foi acompanhado pelo crescente desenvolvimento da ciência e seguido pelo crescimento da cultura ocidental. A concepção hipocrática, antes deixada de lado, foi profundamente abalada com o paradigma mecanicista de Descartes, que criava uma rigorosa dicotomia entre corpo e mente. O corpo, visto então como máquina, passou a ser tratado em partes cada vez menores. A doença, de acordo com essa concepção, era causada por defeitos das peças da máquina humana. À mente coube um papel irrelevante, um fantasma abrigado dentro do corpo - máquina. Todas as funções do corpo dependiam do funcionamento independente do órgão.

O paradigma cartesiano é o responsável pelas bases da medicina científica e pela criação das
especialidades médicas. No século XX, com as novas descobertas no campo da física, como as teorias de Einstein, abre-se um novo horizonte: a matéria é vista como manifestação de energia e, assim sendo, o ser humano, também matéria, é constituído de sistemas energéticos que interagem, formando um todo que deve ser equilibrado e harmonioso.
Segundo essa concepção, nós somos seres multidimensionais de energia, cujo corpo físico é
apenas um dos componentes de um sistema dinâmico maior, ou seja, o homem é um complexo mente/corpo/espírito, que existe em equilíbrio dinâmico contínuo com as dimensões energéticas superiores.


Dr. Paulo Marques, tem toda uma vida dedicada à vida acadêmica, na Unoversidade Federal Rural de Pernambuco, onde recebeu títulos e ocupou cargos importantes. Atualmente, é terapeuta e se dedica a Terapia de Vivencias Passadas.

Na Terapia de Vivências Passadas (TVP) o trabalho pode ser feito basicamente num estado de transe superficial, diferenciado portanto do estado normal de vigília, pois tem características próprias. O paciente da TVP conhece-se a si mesmo a partir de um estado alterado de consciência que se caracteriza por ser ampliado, consciente ou semiconsciente, introspectivo, activo e regressivo. É ampliado porque permite conhecer o que ocorre no inconsciente, possibilitando inclusive eventuais manifestações de cunho considerado paranormal. Neste estado o paciente pode relatar experiências não só do seu passado na sua vida actual inter ou pós-uterina (incluindo o nascimento), como também em vidas pretéritas, ou experiências ultra dimensionais, ou seja, ocorrências que provêm de uma dimensão extra física e interpenetrada nesta. Nas experiências de vidas passadas poderemos ainda subdividir em períodos antes, durante e após a morte física das mesmas.

Existem, no entanto, técnicas de aprofundamento de indução ou transe que podem levar o paciente a estados mais inconscientes, semelhante ao estado de sono profundo, ou mais ligeiros, semelhante ao sonhar semi-acordado.

Nesta terapia o papel do terapeuta é dirigir activamente a experiência do paciente, ajudando a reelaborar as histórias, imagens e ideias fixas que surgem na mente do paciente em estado de transe, por mais breves ou fragmentárias que sejam, pois são pedaços de outras personalidades ou de situações dum passado que poderão influenciar a sua vida actual presente. Ao revivenciar essas memórias, haverá um maior estado consciente e uma reprogramação da vida do paciente, liberando-o de traumas e bloqueios que vêm do seu inconsciente. Daí a necessidade do auxílio do terapeuta, sendo a auto-regressão sem acompanhamento nem sempre aconselhada, devido a não se conseguir os melhores resultados em muitos aspectos.

Esta terapia visa a que o paciente localize e se reveja nas experiências ou situações pretéritas que mais o marcaram, sendo especificamente dirigida de modo a que as reviva em todos os detalhes necessários ou importantes para ele, levando-o a integrar pensamentos, sentimentos e sensações desse período, beneficiando apagar os efeitos negativos dos incidentes ou traumas e, possibilitando assim, que o indivíduo viva a sua vida actual duma forma mais consciente e serena, lidando melhor com a realidade da sua vida presente e livre das questões mal resolvidas do seu passado.

Contrariamente ao que algumas pessoas pensam, a Terapia de Vivências Passadas não se trata de uma forma de enviar alguém para uma vida passada, ou duma viagem astral (saída do espírito fora do corpo), mas sim duma técnica de revivência de memórias do próprio indivíduo gravadas no seu subconsciente e que o afecta ou condiciona interiormente em algo na sua vida actual.

Trata-se de uma terapia completamente segura, que serve para fortalecer o espírito humano, também de reconstituição emocional, utilizando-se processos de indução e relaxamento para atingir um estado que permita ter acesso ao inconsciente, devendo existir sempre previamente uma análise das condicionantes para se conseguir o melhor resultado terapêutico para cada situação.

Dr. Ricardo Costa é acupunturista e homeoterapeuta e nos falou sobre a importância dessa técnica no tratamento de várias doenças, explicando sobretudo que a acupuntura é uma técnica de tratamento que consiste no estímulo de pontos determinados da superfície da pele. Podem ser utilizados neste processo agulhas, ventosas, massagens, e até o calor proveniente da queima da moxa, preparada à partir da erva artemísia (moxabustão).


A acupuntura surgiu possivelmente antes da era cristã, na China. Para alguns historiadores, as agulhas de acupuntura seriam o resultado da evolução das lancetas usadas para perfurar bolhas ou pústulas. Para outros, a prática da acupuntura teria se iniciado a partir da experiência corriqueira de massagearmos o local dolorido para fazer passar a dor. De qualquer maneira, as evidências arqueológicas não nos permitem ter certeza quanto ao processo de formação do corpo de conhecimentos da acupuntura. Da China, ela se espalhou por vários países da Ásia, adquirindo características peculiares à cultura da região onde se estabelecia. No Japão, por exemplo, as agulhas são mais finas, se dá mais atenção à palpação do abdomen, mas os princípios básicos de diagnóstico e tratamento são sempre os mesmos.

Além dos casos de dor, várias doenças funcionais podem ser tratadas pela acupuntura. Dentro da concepção chinesa, a doença é uma manifestação de desequilíbrio, e a acupuntura seria uma forma de readquirir a harmonia perdida. Entre as doenças tratáveis pela acupuntura estão: dores em geral, especialmente do aparelho músculo-esquelético, gastrite, stress, distúrbios hormonais, insônia, asma, distúrbios menstruais, paralisia facial, sinusite, incontinência urinária. Para saber se a acupuntura é adequada para o seu caso específico, pergunte ao seu médico acupunturista.

O mecanismo de ação da acupuntura ainda não foi completamente elucidado. Sabe-se que o estímulo dos pontos leva à produção de substâncias que teriam ação sobre receptores do sistema nervoso (neurotransmissores e neuromediadores), e que o resultado final seria a normalização das funções alteradas. A acupuntura teria também ação anti-inflamatória por estimular a produção de corticóides pela glândula supra-renal. A acupuntura é mais que um analgésico, combatendo a dor através da resolução do processo inflamatório que a causa. Há similaridades entre os efeitos da acupuntura e os causados pela serotonina, que é um neuromediador produzido pelo nosso cérebro.

Nós convidamos também a representante da Unidade de Cuidados Integrais à Saúde (UCIS) Professor Guilherme Abath, Odimarilis Dantas para falar sobre a inserção da homeopatia no Sistema Único de Saúde (SUS), que já ocorre de forma bem-sucedida no Recife por meio do Guilherme Abath, mas não conseguimos resposta ao convite, no entanto não podemos deixar de citar a importância do trabalho que é feito naquela instituição, que foi criada em 2004, e é considerada um avanço no trabalho integral da saúde da mente e do corpo. A proposta da unidade, vinculada à Secretaria de Saúde do Recife, se antecipou às atuais recomendações do SUS de estímulo à diversificação de oferta de tratamentos complementares nos serviços de saúde. No local, são promovidas atividades de meditação e harmonização pessoal, como tai chi chuan, ioga, bioenergética, acupuntura, fitoterapia, automassagem e oficinas de alimentação saudável.A unidade conta ainda com a Farmácia Pública de Manipulação de Medicamentos Homeopáticos, a primeira pública no ramo em Pernambuco, inaugurada em setembro de 2006. Para quem estiver interessado em conhecer a UCIS Guilherme Abath, ela fica localizada na Rua Eduardo Wanderlei, 221, Encruzilhada. Funciona das 7h30 às 17h30. O telefone de contato é o 3232.7731.

tags: terapias complementares, dr. paulo marques, terapia de vivencias passadas, dr.ricardo costa, homeoterapeuta

enviada por: programaliberdadedeexpressaonatv em: 00:11 - 19/09    |    permalink    |    0 comentários    |    comentar