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Queremos algo que ainda não existe.

No post anterior relatei que havia conseguido certo sucesso na geração do arquivo VRML com o PhotoPopup?.

Essa área de pesquisas --geração de um modelo 3D a partir de uma foto (ou de um conjunto estereoscópico de fotos)-- está em franco desenvolvimento em várias universidades e centros de pesquisa pelo mundo afora. Vários foram os artigos que encontrei sobre esse assunto, e parece não haver ainda um consenso sobre a melhor maneira de fazer isso, infelizmente.

O resultado, via de regra, é bastante simplificado, visto que os algoritmos apresentados pelos vários pesquisadores não é capaz de identificar precisamente todos os detalhes da foto. Assim, o resultado seria sempre parecido com a imagem do post passado: a geometria básica está presente, mas os detalhes são ignorados. O casal da foto e o cachorro, por exemplo, ficam achatados e planificados no chão e na parede da casa.



Essa tecnologia ainda não está disponível fora do âmbito das universidades e centros de pesquisas, então teremos que encontrar alguma maneira para tornar o processo possível na munheca mesmo.

A primeira idéia que surgiu foi a utilizaçao óbvia dos displacement maps (DM) no Blender. A teoria é a seguinte: o Blender aplica um deslocamento (displacement) aos vértices do objeto baseado em um mapa (o displacement map). Esse mapa é uma imagem em tons de cinza, que o Blender usa saber se um vértice deve ser deslocado para dentro ou para fora do objeto original. Se o mapa é claro, o vértice é deslocado em uma direção; se é escuro, o vértice é deslocado na direção oposta.

Ou seja: no displacement map ficam as informações de profundidade que se quer aplicar à foto. Esse é um exemplo de um displacement map onde foi utilizada a convenção escuro=frente e claro=atrás.

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O problema dessa metodologia é que o Blender só aplica o DM ao renderizar a imagem. Assim, fica complicado compor ângulos de câmera, animações e outros efeitos sobre essa imagem, já que na vista de trabalho do Blender ela vai aparecer sempre plana.

O ideal seria que pudéssemos utilizar o mapa para efetivamente alterar o objeto fisicamente, alterando a posição real de seus vértices.

É aqui que entra o nosso amigo Gus. Gus, é com você.



tags: projeto contestado, vrml, displacement map, blender displacement map, par estereoscópico

enviada por: daniel3ub em: 19:13 - 07/07    |    permalink    |    0 comentários    |    comentar